domingo, 29 de abril de 2012


"Sustentabilidade é agredir o ambiente de forma mais lenta"

Para arquiteto especialista em biomimética — criação de tecnologias limpas que imitam a natureza — humanidade ficou preguiçosa na "era dos combustíveis fósseis"

por Túlio Caricatti

Editora Globo
A construção de estruturas 100% ecológicas será possível?
É comum encontrar quem se vanglorie de criar uma garrafa plástica de refrigerante que utiliza 30% de material renovável a partir de cana-de-açúcar. Difícil é encontrar alguém que critique esse modelo tido como sustentável. O arquiteto inglês Michael Pawlyn é um deles. Na contramão de empresas e associações que acreditam que reduzir os danos seja a política ideal de desenvolvimento, ele defende uma postura mais radical: a construção de estruturas e materiais 100% ecológicos.
Misturando biologia e arquitetura desde 1997, Pawlyn é um dos expoentes do biomimetismo (bio = vida; mimetismo = imitação, adaptação) pelo mundo. Essa prática prevê que o homem imitará a natureza para encontrar soluções que vão não só resolver os problemas do mundo, mas também recuperar os ecossistemas do planeta. Nesse grupo de invenções biomiméticas estão, por exemplo, uma folha artificial que imita a fotossíntese para gerar eletricidade e telas que copiam a luz refletida nas escamas das borboletas para produzir imagens sem gastar energia. Além delas, muitas outras tecnologias estão em desenvolvimento por empresas e universidades do mundo (a edição impressa da Galileu, de maio, traz 9 grandes exemplos).
O especialista é autor do livro Biommimicry in Architeture ("Biomimética na Arquitetura", ainda sem edição brasileira) e em 2011 deu uma palestra sobre o assunto no TED, uma das mais importantes conferências sobre tecnologia entretenimento e design do mundo. Pawlyn conversou com Galileu para explicar como a será o principal instrumento de inovação para recuperar o planeta dos danos causados pela "era dos combustíveis fósseis".

Por que a biomimética demorou tanto a acontecer?
Pawlyn: A demora tem a ver com o nosso entendimento da natureza. Não sabíamos como essas adaptações incríveis funcionariam. Ela também está relacionada com a era dos combustíveis fósseis. Esse período nos deixou preguiçosos. Tem sido tão fácil queimar combustível para atender nossas demandas que deixamos a engenhosidade de lado.
A era dos combustíveis fósseis está acabando?
Pawlyn: Sim, com certeza. Estamos entrando em uma era muito empolgante: a era ecológica. Teremos o ressurgimento da engenhosidade. Nossas soluções serão mais inventivas. Precisamos encontrar formas mais eficientes de resolver nossos problemas porque os recursos naturais do planeta estão acabando. Por isso a biomimética é tão importante. Ela será uma das ferramentas mais importantes para facilitar a transição da era industrial para a era ecológica.
Quais são as características mais importantes dessa nova era?
Pawlyn: Teremos um aumento radical na eficiência dos recursos que utilizamos para produzir nossos materiais e produtos. Essa é a área em que a biomimética terá um papel fundamental. Além disso, vamos explorar cada vez mais modelos de laço fechado. Isso significa, por exemplo, que o lixo produzido por um prédio pode servir de matéria prima para uma usina que gera energia para o próprio prédio que produziu o lixo. A era ecológica também será marcada pela transição dos combustíveis fósseis para uma economia solar.
A energia solar ainda não se inseriu de maneira definitiva no mundo. Por que estamos demorando tanto a fazer a transição?
Pawlyn: A energia que recebemos do Sol é sete mil vezes maior do que precisamos para abastecer a humanidade. Isso quer dizer que nossos problemas de energia não são insuperáveis, trata-se de um desafio para a engenhosidade. O progresso tem sido lento, sobretudo por causa da inércia e do poder sobrepujante da indústria de combustíveis fósseis. Os subsídios para eles são maiores do que para os combustíveis renováveis. Contudo, estamos chegando lá. As células fotovoltaicas ficam 20% mais baratas cada vez que a indústria dobra de tamanho. Outras células custam um quinto do que custavam há 20 anos. É uma questão de tempo.
Mas o tempo está acabando...
Pawlyn: É também uma questão de vontade. Não é uma tarefa difícil, quer ver? Produzimos 75 milhões de carros por ano e temos três bilhões de celulares do mundo. Ou seja, há um esforço manufatureiro em outros campos. Na Segunda Guerra Mundial fábricas foram transformadas da noite para o dia para a produção de material bélico. Os obstáculos que temos são basicamente políticos.
O mercado e as universidades estão preparados para receber e formar profissionais da biomimética?
Pawlyn: A biomimética é um nicho pequeno ainda. A maior parte das pessoas se identifica quando a conhece, mas não se trata de algo amplamente debatido. A sustentabilidade está mais estabelecida. Contudo, não estamos mais satisfeitos com o termo sustentabilidade. Temos que ir além, para chegar em soluções de arquitetura, design e engenharia que sejam capazes de restaurar o planeta. A biomimética é a melhor forma de inovação para fazer essa mudança.
Qual a diferença entre o design sustentável e o de restauração?
Pawlyn: Sustentável implica em algo que poderá continuar indefinidamente. Porém, em muitos momentos, isso tem a ver com mitigação, em fazer com que algo fique um pouco menos pior. Continuamos com o modelo velho, mas o tornamos menos agressivo ao ambiente. Por outro lado, o design de restauração procura soluções que recuperam os ecossistemas.
Poderia dar um exemplo de design sustentável e outro que seja de restauração?
Pawlyn: Digamos que um prédio de escritórios usa 30% menos energia elétrica, tem 20% menos concreto e janelas que conseguem filtrar a luz solar. Essas janelas, por exemplo, misturam diferentes materiais e todo o vidro que vai parar no ambiente não é reciclável. O concreto, mesmo em menor quantidade, continua sendo concreto, que é um material cuja produção emite muito gás carbônico. A conclusão é que apesar de ser menos agressivo, o prédio não contribui para a recuperação do ambiente. Ele apenas torna a agressão mais lenta.
Como seria esse prédio se ele tivesse sido concebido a partir de conceitos de restauração?
Pawlyn: Um prédio assim tem o objetivo de aumentar a produtividade das pessoas, criando níveis de luz ambiente e melhorando a qualidade interna do ar, por exemplo. O ar que sai do prédio precisa ser tão limpo quanto o que entra. Isso pode ser feito usando plantas. É preciso também usar materiais que reduzem os níveis de poeira. A luz solar não aproveitada para iluminação é transformada em eletricidade para o prédio. A conclusão é que devemos ir além do conceito comum de sustentabilidade e recuperar o sistema agredido. Temos que sair de um nível estático, em que consumimos os recursos naturais de forma inconsequente, e sermos produtores dinâmicos de recursos.

domingo, 22 de abril de 2012

Economia Verde, Sustentabilidade e Erradicação da Pobreza é tema da VIII Semana Nacional de Ciência

19/Abril/2012
A Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec) se organiza para mais uma edição de um dos maiores eventos de popularização do segmento, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT/2012). O evento recebe o incentivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Este ano, o encontro ocorrerá entre os dias 15 e 21 de outubro, com o tema “Economia Verde, Sustentabilidade e Erradicação da Pobreza”. O lema visa promover e estimular atividades de difusão e apropriação social referente ao conhecimento científico e tecnológico por todo país.
A gerente do Núcleo de Divulgação da Setec, Adrielma Bronze, explica que todo ano a Setec realiza eventos diferenciados no sentido de promover a integração social e atrair cada vez mais público.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Bacalhau da Amazônia é exemplo de sustentabilidade

4 DE ABRIL DE 2012 - 9H35 




Com a proximidade da Páscoa, cresce consideravelmente o consumo de bacalhau. Até agora, as opções disponíveis na maior parte do país eram todas importadas. Mas acaba de chegar ao mercado o Bacalhau da Amazônia, feito a partir da salga do pirarucu (Arapaima gigas), peixe exclusivo da bacia amazônica. Uma opção saudável, ecologicamente correta e brasileiríssima.

Por Cláudio Gonzalez




Presente nos mercados do Norte desde o final do ano passado, o Bacalhau da Amazônia passa a ser vendido também em São Paulo através da rede de supermercados do grupo Pão de Açúcar.

O lançamento do produto na região sudeste aconteceu nesta segunda-feira, dia 2 de abril, no Restaurante Dressing, em São Paulo, e contou com a presença de empresários paulistas, jornalistas especializados, a direção do Grupo Pão de Açúcar, autoridades como o presidente da Fundação Amazonense de Desenvolvimento Sustentável (FAS), Virgílio Viana, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a Secretária de Agricultura de São Paulo, Mônika Bergamaschi e convidados especiais como o casal de atores e ativistas ambientais Bruna Lombardi e Calos Alberto Riccelli.


Conquista pelo paladar

Eron Bezerra e autoridades falam sobre o projeto Bacalhau da Amazônia

Eron Bezerra, secretário estadual de Produção Rural do Amazonas, é um dos grandes incentivadores do bacalhau brasileiro. Ele apresentou a novidade em janeiro, durante o Fórum Social Temático, em Porto Alegre, onde o Bacalhau da Amazônia, também conhecido como Bacalhau do Norte, foi classificado como o melhor exemplo de alternativa para o desenvolvimento sustentável.

Durante o lançamento do produto em São Paulo, o secretário afirmou que o governo do Amazonas fez questão de escolher a capital paulista como a primeira cidade, depois de Manaus, a lançar o Bacalhau da Amazônia. “A maior cidade do país é também reconhecida pelo refinamento e pujança de sua gastronomia, então para nós é um grande desafio trazer este produto para cá, onde o mercado consumidor é muito exigente. Mas temos certeza que os paulistas, em pouco tempo, aprenderão a gostar do bacalhau de pirarucu tanto quanto nós, amazonenses, gostamos”, disse Eron.

Ele agradeceu a parceria com o grupo Pão de Açúcar e também o apoio institucional dado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que conseguiu viabilizar convênios e emendas parlamentares que garantiram o investimento necessário para o projeto do Bacalhau da Amazônia. O empreendimento recebeu investimento de R$ 4 milhões – divididos entre os governos estadual e federal, por meio da Financiadora de Projetos e Estudos (Finep), e pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Produção sustentável

O secretário destacou que o pirarucu salgado já está presente na mesa dos amazonenses há muito tempo, inclusive sendo vendido em abundância nos mercados populares, de forma artesanal, mas agora o processo de industrialização agrega valor ao produto cujos princípios de produção são a sustentabilidade ambiental, a justiça social e a viabilidade econômica.

Segundo ele, a iniciativa busca promover e assegurar o uso sustentável da biodiversidade, respeitando a cultura e tradições dos produtores e ribeirinhos, que se encontram dentro do bioma amazônico. "O Bacalhau da Amazônia é considerado a grife das grifes da Amazônia porque transforma a riqueza natural em riqueza material. Isto sim é sustentabilidade real, criando alternativa econômica a partir da nossa matéria-prima", declara o secretário.

Para a senadora Vanessa Grazziotin, “o que está acontecendo no Amazonas, com projetos como esse, é a aplicação, na prática, de todo o debate que se faz sobre sustentabilidade”.

Também presente no evento, o pescador Luiz Gonzaga Medeiros de Matos, o Luizão, diz que o projeto do Bacalhau da Amazônia conseguiu colocar a cidade de Maraã no mapa do Brasil. Líder da colônia de pescadores da reserva de desenvolvimento sustentável Mamirauá, ele fala com emoção e orgulho do projeto e destaca que a pesca manejada ajudou a conscientizar os pescadores sobre a importância da preservação ambiental . “Quem mora na região precisa sobreviver e iria continuar pescando ilegalmente se não houvesse este projeto. Hoje, temos muitas regras para poder manejar o pirarucu. É preciso pagar vigias para evitar que pessoas de fora façam a pesca predatória, por exemplo. E temos que respeitar a época de pesca, restrita aos meses de outubro e novembro, com limitação de número de peixes pescados”, diz. Anualmente, é permitido pescar até 30% dos pirarucus adultos, que já chegaram aos 60 kg.

Estima-se que há cerca de 40 mil peixes da espécie na área de manejo. A primeira safra voltada para a produção de bacalhau ocorreu no ano passado e contou com 2.700 peixes que foram retirados de 37 lagos da Reserva Mamirauá.

Fábrica em Maraã

A primeira indústria do produto na América do Sul foi inaugurada no ano passado pelo governador Omar Aziz no município de Maraã (a 635 km de Manaus), com capacidade de processar 1,5 mil toneladas por ano. Uma segunda fábrica de salga de peixe, com o dobro da capacidade, está sendo construída no município de Fonte Boa (a 680 quilômetros de Manaus). Com as duas fábricas em atividade, será possível processar todo o pirarucu do Estado, garante a Sepror.

O faturamento dos produtores que fornecem pirarucu para a Fábrica de Bacalhau da Amazônia teve acréscimo de quase 100% só nos quatro primeiros meses de operação da fábrica.

Se cada tonelada de bacalhau for vendida a R$ 25 mil (o quilo a R$ 25), o faturamento das duas indústrias alcançará algo em torno de R$ 112,5 milhões, o equivalente a 2 vezes o orçamento anual das duas cidades. As fábricas serão abastecidas com o pescado de áreas de manejo, como a reserva de Mamirauá e outras RDS da região.

Segundo Eron Bezerra, com o investimento feito na produção do bacalhau de pirarucu, o Governo conseguiu solucionar dois problemas de uma vez só. “Isso porque nós elevamos o preço pago ao produtor e acabamos com a falta de mercado, já que a Fábrica de Bacalhau da Amazônia tem capacidade de processar tudo o que hoje é produzido”, afirma.

Benefícios para a comunidade

Ainda de acordo com Eron, a atividade também ganha relevância por ser autossustentável. Ele explica que, de uma forma geral, o processo de industrialização do pescado costuma ter perdas, mas, no caso da indústria de Maraã, isso não aconteceu. Para que a produção fosse economicamente viável, das 160 toneladas de pirarucu adquiridas seria necessário transformar em produto final pelo menos 30 toneladas. “O Amazonas ultrapassou essa meta. De todo o peixe comprado pelo governo, nós aproveitamos entre 60 e 80 toneladas. Somos autossustentáveis”, comemora o secretário.

Sessenta por cento do peixe processado é transformado em mantas (filé), dos quais 65% são aproveitados pelo processo de salga. As unidades de beneficiamento também estarão aptas a trabalhar com outras espécies de peixe.

Além de gerar 150 empregos diretos e milhares de empregos indiretos, o projeto das indústrias de salga inclui a instalação de creches para as funcionárias e pescadores que tiverem filhos, a construção de áreas de lazer e o principal: a participação no lucro do empreendimento por parte dos pescadores que fornecem matéria-prima para a indústria. Dos 700 pescadores da colônia Z32 de Maraã, 530 estão capacitados para fazer o manejo sustentável do pirarucu.

Pirarucu também é bacalhau?

Há certa polêmica sobre o uso do termo “bacalhau”. Muitos especialistas argumentam que “bacalhau” é um processo específico de salga e cura do peixe, do qual é retirada em média 50% da sua umidade, portanto qualquer pescado que passe por este processo poderia ser batizado de bacalhau. No mercado brasileiro, cinco espécies de peixe são comercializadas como bacalhau (Gadus Morhua, Gadus Macrocephalus, Saithe, Ling e Zarbo). Todas são da ordem dos Gadiformes e provenientes de águas marítimas profundas e geladas.

E há ainda os radicais que acham que somente os dois primeiros (Cod Gadus) têm direito de receber o nome de bacalhau. Por outro lado, também tem quem defenda que o pirarucu salgado não deveria ser chamado de bacalhau pois isso seria uma forma de “desnacionalizar” um produto tipicamente brasileiro. Eron Bezerra discorda desta opinião e argumenta que por não se tratar de um tipo de peixe, mas sim de um processo de salga, o termo bacalhau pode ser aplicado ao pirarucu e irá facilitar sua comercialização, criando uma marca nacional forte, capaz de disputar mercado com o produto importado.

No caso do pirarucu, embora seja de água doce e não faça parte da ordem dos Gadiformes, sua carne se adapta muito bem ao processo de salga utilizado, o que faz com que possa ser vendido como bacalhau. Após dessalgado, sua carne lembra o bacalhau tradicional, tem cor semelhante, variando do branco ao amarelo, mas tem um sabor único. Dependendo da preparação, seu sabor pode ficar mais forte ou mais suave que o bacalhau tradicional. Sua textura também é menos fibrosa que a dos demais tipos de bacalhau e se desfaz em lascas muito bem. Substitui o peixe europeu em qualquer receita e, segundo os chefs que já trabalharam com o produto, ele é ainda mais versátil que o bacalhau tradicional.

O chef do Dressing Ednaldo de Santana, em parceria com o chef Felipe Schaedler, do restaurante Banzeiro, de Manaus, elaboraram um menu especial para o lançamento em São Paulo, incluindo um canapé com pirarucu desfiado e farofa de uarini e pacovan servido na escama do peixe; consommé de tucupi com pirarucu seco; uma brandade de bacalhau e dois pratos principais: pirarucu amazonense (ao forno com fatias de pimentão, vinho branco e creme de castanha do Pará) e Bacalhau de Pirarucu (com mousseline de mandioquinha, leite de coco e gengibre).


O chef do Dressing disse que gostou muito desta primeira experiência com o pirarucu salgado e pretende incluir o produto no cardápio fixo do restaurante paulistano. “A combinação com a farofa de uarini ficou muito boa e podemos trabalhar com esta receita em entradas e também em pratos principais”, disse. Seu colega de Manaus, Felipe Schaedler, afirma que receitas tradicionais como o Bacalhau a Zé do Pipo, Bacalhau a Gomes de Sá e muitas outras podem perfeitamente ser preparadas com o bacalhau de pirarucu. Mas o chef do Banzeiro ressalta que o bacalhau da Amazônia é diferente do bacalhau que conhecemos. “O pirarucu salgado tem textura e sabor diferentes. O peixe é mais gorduroso”, diz.

O diretor comercial do Pão de Açúcar, Pedro Henrique, diz que estão correndo contra o tempo para tentar colocar o peixe à venda antes da Páscoa, mas questões burocráticas podem inviabilizar este intento. “Mesmo se não der para disponibilizar até a Páscoa, não tem problema, os paulistanos consomem bacalhau o ano todo e acreditamos que o produto vindo da Amazônia será um sucesso de venda”, disse. 

A expectativa da rede, que vende mais de 5 mil toneladas de bacalhau importado por ano, é que a versão amazonense alcance 5% deste mercado. Também há um acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/AM) para a comercialização direta do produto industrializado com a cadeia de restaurantes local.

Inicialmente, o produto será vendido apenas em São Paulo, porém, a perspectiva do grupo é levá-lo em breve aos demais Estados brasileiros, especialmente ao Rio de Janeiro – um dos maiores consumidores de bacalhau no Brasil e ao Centro Oeste – grande consumidor de peixes da região Norte. Atualmente o grupo tem filiais em 19 Estados para onde o Bacalhau da Amazônia poderá ser enviado, se houver aceitação suficiente no mercado paulista. O quilo do peixe salgado deve ser vendido em São Paulo com o preço de R$ 35,00 a R$ 39,00.

Vôos internacionais

A marca Bacalhau da Amazônia também poderá alçar voos internacionais. O Governo do Estado e o Ministério de Relações Exteriores (MRE) irão promover, no dia 24 de abril, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, o lançamento do produto para as Embaixadas Estrangeiras com sede na capital federal.

Durante o almoço de lançamento em São Paulo, Eron Bezerra disse que “não será surpresa se no futuro estivermos vendendo nosso bacalhau brasileiro para os noruegueses”. A Noruega é, tradicionalmente, o país mais identificado com a produção e exportação do bacalhau.

*Cláudio Gonzalez é jornalista, editor-executivo da revista Princípios e edita o blog gastronômico
Papillon

Museu em Santa Teresa abre inscrições para 1º Simpósio de Mata Atlântica

Visite a Exposição Evolução Humana no Museu de Biologia Mello Leitão, em Santa Teresa

Museu em Santa Teresa abre 
inscrições para 1º Simpósio de Mata Atlântica
Cercada do verde da Mata Atlântica, Santa Teresa conta com uma imensa
biodiversidade e com o Museu de Biologia Mello Leitão que vai sediar o 1º Simpósio
Fabricio Ribeiro
Assessoria PMST

Entre os dias 8 e 10 de junho, o Museu de Biologia Mello Leitão, em Santa Teresa, sedia o 1º Simpósio de Biodiversidade da Mata Atlântica (Simbioma) e as inscrições estão abertas. Os temas abordam a conservação e a sustentação. Serão diversas palestras e minicursos. O evento deverá receber cerca de 200 participantes.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Novo Horizonte recebe projeto “Praça Ativa” de Minas Gerais


O município de Novo Horizonte recebe neste domingo, dia 1º, o projeto “Praça Ativa” da Universidade Ativa, de Minas Gerais, que está na sua 6ª edição e tem o apoio da Lei de Incentivo a Cultura do Governo Federal, com foco na  Educação Ambiental com a conscientização da sustentabilidade e cidadania de todo o país.

O evento será realizado na Praça Dr. Euclides Castilho (Praça da Matriz), das 11 às 18 horas.  A “Praça Ativa Usina Estiva” terá shows musicais, oficinas de arte, teatros infantis e reciclagem com foco na educação ambiental, brinquedos infláveis e atividades voltadas à saúde e cidadania. Prestação de serviços, oficina de leitura com distribuição de saúde e muita interatividade.

De acordo com a organização, a população poderá saber mais sobre os projetos socioambientais e de saúde desenvolvidos na cidade e ainda, conhecer as atividades realizadas por artistas e expositores locais, valorizando a arte e conhecimento produzido em Novo Horizonte.

A Praça Ativa conta com diversos parceiros, dentre eles, a Usina Estiva de Novo Horizonte, que teve a iniciativa de apoiar o evento e fazer parte do compromisso social. 

“A iniciativa faz parte do compromisso social da usina que busca contribuir com a comunidade onde atua. As atrações e atividades estimulam a conscientização sobre cidadania e sustentabilidade de forma lúdica e interativa”, disse o diretor da Usina Estiva, Sandro Cabrera.

Outro fator que o projeto visa além de orientar e incentivar ações sociais é a integração entre as famílias