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sábado, 31 de maio de 2025

Haicai - Linha e agulha

🪡 

                                  
                    Linha e agulha  🪡 
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                       Somos feitos de nós
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                  Água e fagulha
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  Uma Leitura do Haicai de Robson Côgo por Chatgpt 

Linha e agulha
Somos feitos de nós
Água e fagulha

Há poemas que se impõem pelo excesso. Outros, pela precisão do silêncio. O haicai de Robson Côgo pertence à segunda linhagem: a da palavra exata, do instante revelado, da imagem que pulsa mais do que explica. Em apenas três versos, o poeta tece uma tapeçaria simbólica do ser, unindo elementos do cotidiano com reflexões profundas sobre a identidade e a condição humana.

O poema se inicia com “linha e agulha” — objetos simples, domésticos, mas impregnados de memória e gesto. É com eles que se costura, se repara, se une. São também metáforas do ato poético: a agulha fura, a linha reconcilia. Essa imagem inicial ressoa a sensibilidade de Cecília Meireles, que via a vida como um tecido feito de tempo, silêncio e espera.

O segundo verso, “somos feitos de nós”, é o eixo filosófico do haicai. O jogo de linguagem entre “nós” (laços) e “nós” (sujeitos coletivos) abre múltiplas leituras. Há aqui um duplo sentido que lembra o desdobramento das vozes de Fernando Pessoa, especialmente sua habilidade em brincar com identidades sobrepostas. Somos feitos de amarras afetivas, de memórias que se apertam ao redor da alma. Os nós, aqui, tanto prendem quanto definem.

O último verso — “água e fagulha” — apresenta um paradoxo vibrante. A água apaga o fogo, a fagulha desafia a fluidez. São elementos opostos, mas não necessariamente em guerra. Na poética de Carlos Drummond de Andrade, também vemos essa convivência tensa entre o duro e o fluido, o fogo do desejo e a água da lembrança. Robson Côgo insinua que somos feitos, também, dessa contradição vital: a fagulha do instante, o fluxo do tempo.

À maneira de um tear simbólico, o haicai costura três mundos: o da matéria (linha e agulha), o da existência (os nós), e o da alma (água e fagulha). O resultado é uma miniatura de vastidão — uma forma breve que contém o infinito.

Se lido à luz da tradição do haicai japonês, o poema preserva o essencial: a imagem concreta, a sugestão do instante, a presença do efêmero. Mas também dialoga com a poesia ocidental em sua vertente mais introspectiva e simbólica. É um haicai que não apenas observa o mundo, mas mergulha no humano.

Na leitura metafórica, esse poema é um relicário. A “linha” é o fio da memória, a “agulha” a dor que nos atravessa. Os “nós” são o entrelaçamento de tudo aquilo que nos constitui — encontros, perdas, escolhas. “Água e fagulha” se tornam o retrato da alma: líquida, flamejante, às vezes em harmonia, às vezes em colisão.

Por fim, numa chave lírica, pode-se dizer que Robson Côgo não escreve apenas um haicai — ele revela uma essência. Entre gestos e contrários, entre os laços que apertam e as fagulhas que iluminam, o poeta nos mostra o que talvez sejamos: seres costurados com o invisível.

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sábado, 29 de abril de 2023

*Haicai - Ondas

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Tudo é energia 

Ondas e frequência

De Deus há ciência   
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Haikai - Robson Côgo    
Projeto "Cidade Poética
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O haicai "Ondas" do autor Robson Cogo é uma peça poética curta, mas que traz consigo uma profunda reflexão sobre a natureza do universo e a presença divina nele. Com apenas três linhas, o autor consegue criar uma atmosfera contemplativa, que convida o leitor a refletir sobre a energia que permeia tudo o que existe.

O primeiro verso, "Tudo é energia", é uma afirmação poderosa que traz à tona uma das ideias fundamentais da física moderna: que tudo o que existe é composto de energia. A energia, em suas diversas formas, é a matéria-prima que compõe o universo, desde as partículas subatômicas até as galáxias. Além disso, a energia é uma força que impulsiona a vida, permitindo que os seres vivos se movam, se alimentem, se reproduzam e se adaptem ao meio ambiente.

O segundo verso, "Ondas e frequência", amplia ainda mais essa ideia, introduzindo a noção de que a energia se manifesta em forma de ondas e que essas ondas têm uma frequência específica. Na física, as ondas são uma forma de energia que se propaga através do espaço, transportando informação e permitindo a comunicação entre os corpos. A frequência, por sua vez, é o número de oscilações que uma onda realiza em um determinado intervalo de tempo e é responsável pelas características únicas de cada tipo de onda.

O terceiro verso, "Deus há ciência", é uma frase que parece estabelecer uma relação entre a energia que permeia o universo e a divindade. O termo "Deus" pode ser interpretado de diversas formas, dependendo do ponto de vista de cada pessoa, mas em geral é associado à ideia de um ser superior que criou o universo e governa o mundo. Já a palavra "ciência" se refere ao conhecimento adquirido através da observação e do estudo sistemático da natureza. Assim, a frase sugere que há uma conexão entre a energia que está presente em todo o universo e a sabedoria divina que pode ser compreendida através do estudo científico.

No haicai "Ondas", Robson Cogo consegue reunir em apenas três versos conceitos fundamentais da física moderna e da espiritualidade, estabelecendo uma ponte entre a ciência e a religião. Através da poesia, o autor convida o leitor a contemplar a grandeza do universo e a refletir sobre o mistério da vida. A ideia de que tudo é energia e que essa energia se manifesta em forma de ondas e frequência é uma das principais contribuições da física para a compreensão do mundo, e o haicai de Cogo traduz essa ideia em forma de arte.

Ao mesmo tempo, a menção a Deus no último verso do haicai pode ser interpretada como uma tentativa de reconciliar a ciência e a religião, dois campos que nem sempre estiveram em harmonia ao longo da história. Ao sugerir que a energia que permeia o universo é uma manifestação da divindade, o autor parece indicar que há um propósito maior por trás da existência do universo, um propósito que pode ser compreendido através do estudo científico e da busca espiritual.

É interessante notar também que o haicai segue a estrutura tradicional da forma poética japonesa, que consiste em três versos de cinco, sete e cinco sílabas, respectivamente. Essa estrutura concisa e precisa ajuda a transmitir a mensagem de forma clara e direta, sem excessos ou redundâncias. Além disso, o haicai é uma forma poética que valoriza a simplicidade e a observação da natureza, características que estão presentes no poema de Robson Cogo.

Outro aspecto a ser destacado no haicai "Ondas" é o uso da linguagem poética para expressar ideias complexas de forma acessível. A física moderna é um campo de estudo altamente especializado e técnico, com conceitos que podem ser difíceis de compreender para o leigo. No entanto, o haicai de Cogo consegue traduzir esses conceitos em palavras simples e imagens evocativas, tornando a ciência mais acessível e próxima do público em geral.

Além disso, o haicai também pode ser interpretado como uma reflexão sobre a relação entre a ciência e a espiritualidade. Embora esses dois campos do conhecimento possam parecer antagônicos à primeira vista, é possível encontrar pontos de convergência entre eles. A ciência busca entender o mundo através da observação e da experimentação, enquanto a espiritualidade busca uma conexão mais profunda com o universo e com a fonte de toda a existência. No haicai "Ondas", esses dois caminhos se encontram, sugerindo que a compreensão do mundo pode ser alcançada tanto através do estudo científico quanto da busca espiritual.

Em suma, o haicai "Ondas" do autor Robson Cogo é uma peça poética breve, porém profunda, que aborda questões fundamentais sobre a natureza do universo e a presença divina nele. Através de uma linguagem simples e concisa, o autor consegue transmitir ideias complexas da física moderna e da espiritualidade, estabelecendo uma ponte entre a ciência e a religião. O haicai é um exemplo de como a poesia pode ser usada para expressar conceitos complexos de forma acessível e inspiradora, convidando o leitor a refletir sobre a grandeza do mundo e a buscar uma compreensão mais profunda da existência.

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São mais de mil poemas, todos em haicai. Essa forma poética tem sua origem no Japão, claro que com o passar do tempo houveram  adaptações  em outros países, o autor do blog Robson Cogo segue fiel ao princípio de manter a forma poética em três versos respeitando a tradição.


Fonte natureoftruth 



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