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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Reportagem - Coral orelha-de-elefante é eficaz contra superbactéria hospitalar

 

 

Estudo veiculado na ‘Protein & Peptide Letters’ informa resultado inédito com espécie brasileira de coral

Uma das bactérias mais importantes causadora de infecções relacionadas à assistência a saúde (IrAS) e que atinge os pulmões - a Klebsiella pneumoniae (KPC) - acaba de ganhar um combatente inusitado e promissor: o coral orelha-de-elefante(Phyllogorgia dilatata). A espécie, que ocorre na costa do Brasil, é a primeira nas águas do Atlântico Sul a ser identificada com essa característica antimicrobiana para controle desse tipo de microrganismo encontrado em ambiente hospitalar. Com o título:“Identification of a Novel Antimicrobial Peptide from Brazilian Coast Coral Phyllogorgia dilatata”, a novidade está publicada na mais recente edição da “Protein & Peptide Letters”.

Esse estudo - que avaliou a ação das biomoléculas extraídas e purificadas do coral - é liderado por pesquisadores da Pós-Graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia da Universidade Católica de Brasília (UCB), em parceria com o Museu Nacional/UFRJ, e faz parte da Rede de Pesquisas Coral Vivo, patrocinada pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental, e pelo Arraial d’Ajuda Eco Parque. Os cientistas destacam que cepas dessas bactérias têm desenvolvido resistência à maioria dos antibióticos existentes atualmente, causando milhares de mortes por infecções em ambientes hospitalares.

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Foto; www1.folha.uol.com.br

“Percebemos que este pode ser um candidato promissor a novo antibiótico para atuar contra bactérias resistentes aos fármacos disponibilizados até agora”, informa a bióloga molecular e professora da UCB, Simoni Campos Dias.

O coral orelha-de-elefante é encontrado em abundância na costa brasileira e nas ilhas oceânicas distribuídas desde o Maranhão até Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. Não há relatos na literatura sobre peptídeos antibacterianos extraídos desta espécie. O estudo conclui que as biomoléculas extraídas e purificadas do orelha-de-elefante também conseguiram controlar o crescimento da Staphylococcus aureus e da Shigella flexneri, consideradas bactérias importantes nas infecções adquiridas em ambiente hospitalar, e que apresentam cepas resistentes a muitos antibióticos usados com frequência nas unidades de saúde.