Apresentar as práticas, de forma crítica e objetiva, o significado dos novos conceitos para se chegar a uma empresa sustentável. Este foi um dos objetivos do seminário “Como se tornar uma empresa verde”, promovido pela Fundação ARO e a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), com patrocínio do Sebrae-RJ e do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).
Na abertura do evento, o presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambiente e Sustentabilidade da ACRJ, Haroldo Mattos de Lemos, enfatizou que o processo de sustentabilidade nas empresas cresceu muito nos últimos quatro anos. O tema verde, segundo ele, está em voga. No entanto, lembrou que há muito tempo a atitude do empresário se modificou muito.
- Em 1975, quando se criou a Feema, o empresário fugia da gente. Depois, eles entenderam que implantar uma atitude limpa gera lucro.
Haroldo lembrou ainda que, em 2010, apresentou o relatório “Visão 2050”, como forma de dar mecanismos para que os governos e a humanidade possam providenciar atitudes de como chegar naquele ano com muito mais sustentabilidade. Além disso, salientou que na Rio+20 também apresentou um relatório com tradução para as características.
- A responsabilidade também passa pela cadeia produtiva e de fornecedores. As empresas estão sendo chamadas. E o maior impacto que elas (empresas tiveram, estava fora de seus limites. Estamos avançando nos campos público e da sustentabilidade, além de estimular as empresas que isso seja feito.
A gerente de Soluções e Inovação do Sebrae-RJ, Dolores Lustosa, que foi uma das palestrantes do evento, frisou que um dos gargalos que a sustentabilidade enfrenta, na visão da entidade, é a falta de especialista. Segundo ela, essa carência dificulta o fornecimento de tecnologias e serviços especializados em sustentabilidade para o pequeno e microempresário.
A solução, conforme disse ao MONITOR MERCANTIL, é aumentar o interesse das empresas e dos centros tecnológicos para ver esse segmento empresarial de pequeno porte, ou seja, “ampliar a base de serviços especializados para que micros e pequenas empresas tenham acesso a tecnologia da informação para que os empresários tenham acesso a tecnologia e inovação”.
Dolores também abordou, em sua palestra, a importância da formulação de políticas públicas específicas para o setor empresarial de pequeno porte.
- Nós temos tido alguns ganhos como licenciamento ambiental simplificado para pequena empresa e aquela de baixo impacto no ambiente, ou seja, as políticas vêem caminhado adequadamente.
Já o gerente de Relacionamento com Agentes Financeiros e Outras Instituições do Bndes, Nelson Tortoda, aproveitou o seminário para divulgar a política de financiamento do banco e que o empresário deve fazer para ter acesso a esses recursos (crédito). Umas das grandes dificuldades dos empresários é conhecer as linhas de crédito disponíveis hoje para atender suas necessidades e o caminho que ele (empresário) deve seguir até ter acesso a esses recursos.
Ele frisou que a instituição financeira da apoio em todo o território nacional. Por isso, ele ressaltou que a informação é de fundamental importância para que o empresário.
- Neste seminário, nós pretendemos falar quais são os instrumentos disponíveis para ter acesso ao crédito de micro e pequenos empresários. Com isso, ele vai entender os pré-requisitos necessários, o passo-a-passo que ele dá para ter acesso ao crédito e que instrumentos melhor atendem suas necessidades.
Nelson Tortosa explicou que o banco tem instrumentos para diversas finalidades e necessidades do empresário, ou seja, desde a implantação e ampliação de suas unidades, capital de giro (para que ele possa ter fôlego no seu dia-a-dia), até o gerenciamento, compreendendo o próprio processo de gestão ambiental. Isso sem mencionar o cartão Bndes, que, segundo ele, é um pouco mais conhecido.
- O Bndes trabalha com micro, pequena e média empresa. A sustentabilidade é um item dentro desses instrumentos. Não há separação específica. Porém, o grande carro-chefe é a aquisição isolada de máquinas e equipamentos, em que o empresário pode financiar por um período de até 10 anos a sua máquina a uma taxa final de 3,5%/ano. Isto significa que ao mês o empresário vai investir 0,29%/mês neste financiamento.
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