quarta-feira, 5 de abril de 2023

Haicai - Quantas já vi passar

Quantas já vi passar

Várias vezes desatento

Coisas de se sonhar



#Haicai - Robson Côgo

O haicai "Quantas já vi passar" do autor Robson Cogo é uma pequena joia poética que nos leva a refletir sobre a fugacidade da vida e a importância de estarmos presentes e atentos aos pequenos momentos que compõem a nossa existência. Com apenas três versos, o poema nos convida a contemplar o fluxo constante do tempo e a beleza efêmera da vida.

No primeiro verso, "Quantas já vi passar", o poeta nos faz refletir sobre a quantidade de coisas e pessoas que já cruzaram o nosso caminho ao longo da vida. É uma constatação simples, mas que nos faz lembrar da nossa própria trajetória e de todas as experiências que acumulamos ao longo do tempo. Essa frase também nos faz pensar sobre a velocidade com que as coisas mudam e como muitas vezes não nos damos conta disso.

No segundo verso, "Várias vezes desatento", o poeta reconhece a sua própria distração e nos lembra da importância de estarmos presentes no momento presente. É uma crítica à correria do mundo moderno, que muitas vezes nos faz perder a capacidade de desacelerar e simplesmente contemplar a beleza do mundo ao nosso redor. É como se o poeta dissesse: "Quantas coisas já vi passar, mas quantas delas realmente vi?"

Por fim, no terceiro verso, "Coisas de se sonhar", o poeta nos lembra da capacidade da poesia de nos fazer sonhar e imaginar novos mundos. É como se ele nos dissesse que, mesmo que a vida seja efêmera e fugaz, ainda há espaço para sonhos e esperança. A poesia nos permite transcender os limites do tempo e do espaço e nos conecta com algo maior e mais duradouro.

No conjunto, o poema é um convite à reflexão sobre a vida e sobre a nossa própria relação com o tempo. O haicai é uma forma poética japonesa que se caracteriza por sua brevidade e simplicidade. Com apenas três versos, o haicai busca capturar um momento ou uma sensação e transformá-los em poesia. Robson Cogo domina com habilidade essa forma poética, criando um poema que é ao mesmo tempo simples e profundo.

A primeira linha do poema, "Quantas já vi passar", é particularmente interessante porque evoca uma sensação de nostalgia e saudade. O poeta nos faz lembrar de todas as coisas e pessoas que já passaram pela nossa vida e que não voltarão mais. Essa linha também nos faz pensar sobre a passagem do tempo e como ele é implacável. Tudo passa, tudo muda, e é importante estarmos conscientes disso para aproveitar cada momento da vida.

Já a segunda linha do poema, "Várias vezes desatento", é um convite à reflexão sobre a importância da atenção plena. Muitas vezes estamos tão ocupados com nossos pensamentos e preocupações que não conseguimos prestar atenção ao mundo ao nosso redor. Essa linha nos convida a desacelerar e a prestar atenção aos pequenos detalhes da vida, que muitas vezes passam despercebidos.

Por fim, a terceira linha do poema, "Coisas de se sonhar", traz uma nota de esperança e poesia ao poema. O poeta nos lembra da capacidade da arte de nos transportar para outras realidades e nos fazer sonhar. Mesmo que a vida seja efêmera, ainda podemos encontrar beleza e significado em nossos sonhos e aspirações. Essa linha também nos lembra da importância da poesia e da arte em nossas vidas, que nos permitem transcender os limites do tempo e do espaço.

O haicai de Robson Cogo é um belo exemplo de como a simplicidade pode ser poética e profunda. Com apenas três versos, o poema nos faz refletir sobre a vida, o tempo e a importância da atenção plena. O poeta consegue capturar a essência da vida em um momento fugaz e transformá-lo em poesia. É um convite à contemplação e à reflexão sobre a nossa própria existência.

Além disso, o poema também é um exemplo da forma poética japonesa do haicai, que tem como objetivo capturar a essência do momento presente em poucas palavras. O haicai se caracteriza pela simplicidade e pela sugestão, deixando espaço para a imaginação do leitor. Robson Cogo domina com maestria essa forma poética, criando um poema que é ao mesmo tempo simples e profundo.

Em termos de estrutura, o haicai de Robson Cogo segue a forma clássica do haicai, que consiste em três versos de 5, 7 e 5 sílabas, respectivamente. Essa estrutura rígida é um desafio para o poeta, que precisa expressar sua mensagem dentro de um limite fixo de sílabas. No caso deste poema, a estrutura rígida do haicai ajuda a enfatizar a simplicidade e a profundidade da mensagem.

Em conclusão, o haicai "Quantas já vi passar" de Robson Cogo é uma pequena joia poética que nos faz refletir sobre a vida, o tempo e a importância da atenção plena. Com apenas três versos, o poema consegue capturar a essência da existência humana e transformá-la em poesia. É um convite à contemplação e à reflexão sobre a nossa própria vida, e uma bela demonstração da habilidade poética do autor.

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São mais de mil poemas, todos em haicai. Essa forma poética tem sua origem no Japão, claro que com o passar do tempo houveram  adaptações  em outros países, o autor do blog Robson Cogo segue fiel ao princípio de manter a forma poética em três versos respeitando a tradição.


Foto; 
Wayne V. Cruiser (Salty).


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