quarta-feira, 3 de maio de 2023

#Haicai - A solidão

O sol e o céu azul 

No mar a imensidão 

No eu, a solidão 


#Haicai - Robson Cogo 


O haicai "A solidão" do autor Robson Cogo é uma peça poética que evoca a sensação de isolamento que muitas vezes experimentamos em nossas vidas. Composto por três versos, o haicai segue a tradição japonesa de poesia breve e concisa, que busca capturar um momento ou uma sensação em poucas palavras. No caso deste poema, o autor utiliza a imagem do sol, do céu e do mar para criar um contraste com a solidão que habita dentro de nós mesmos.

No primeiro verso, o autor menciona o sol e o céu azul, criando uma imagem luminosa e expansiva. O sol é um símbolo de energia, calor e vida, enquanto o céu azul representa a liberdade e a vastidão do espaço. Juntos, esses elementos sugerem um mundo vasto e cheio de possibilidades. No entanto, esse mundo não é suficiente para preencher a solidão que o poeta sente dentro de si.

No segundo verso, o autor introduz a imagem do mar, evocando uma sensação de infinitude e mistério. O mar é uma força poderosa e imprevisível, que pode tanto acalmar quanto amedrontar. Ao mencioná-lo, o poeta amplia ainda mais o senso de vastidão e mistério evocado pelo primeiro verso. No entanto, mesmo diante de tamanha grandiosidade, a solidão permanece.

Finalmente, no terceiro verso, o autor traz a solidão para dentro do eu. Ao fazer isso, ele sugere que a solidão não é apenas uma questão de estar sozinho, mas também de sentir-se desconectado de si mesmo. A imagem da imensidão do mar contrasta com a palavra "eu", que sugere algo pequeno e vulnerável. A solidão, portanto, não é apenas uma questão de não ter companhia, mas de não se sentir conectado com o mundo ao redor.

Em seu conjunto, o haicai de Robson Cogo é uma meditação sobre a solidão e a experiência humana. Ao utilizar imagens poderosas da natureza, o autor cria uma sensação de vastidão e mistério, sugerindo que o mundo é maior do que nós mesmos. No entanto, mesmo diante de tanta grandiosidade, a solidão persiste. A imagem final da solidão dentro do eu sugere que a questão não é apenas uma questão de estar sozinho, mas de encontrar uma conexão mais profunda consigo mesmo e com os outros.

A poesia de haicai é um gênero que vem da tradição japonesa e que ganhou popularidade em todo o mundo. Seus três versos breves e concisos são uma forma de capturar momentos e emoções de uma forma sucinta e evocativa. O haicai é uma forma de poesia que valoriza a simplicidade e a sugestão, em vez de uma linguagem excessivamente explicativa. Em "A solidão", Robson Cogo demonstra uma habilidade em capturar uma sensação complexa em poucas palavras, criando um poema que é ao mesmo tempo profundo e acessível.

A solidão é uma emoção comum a todos nós em algum momento de nossas vidas. É uma sensação que pode surgir em diferentes circunstâncias, como quando estamos em um lugar desconhecido, longe de casa ou das pessoas que amamos, ou quando enfrentamos desafios difíceis que parecem insuperáveis. Em alguns casos, a solidão pode ser uma escolha consciente, como quando buscamos momentos de introspecção e reflexão. Mas, em geral, a solidão é uma sensação que queremos evitar ou superar, pois ela nos faz sentir isolados e desconectados do mundo.

No haicai "A solidão", Robson Cogo utiliza a natureza como metáfora para a experiência humana. O sol, o céu e o mar representam a vastidão do mundo e a beleza da natureza, enquanto a solidão representa a dor e o isolamento que sentimos em nossas vidas. Ao contrapor esses elementos, o autor cria uma tensão que sugere que, embora o mundo seja imenso e cheio de beleza, ainda podemos nos sentir sozinhos e desamparados.

Além disso, o haicai também sugere que a solidão não é apenas uma questão de estar sozinho, mas de sentir-se desconectado de si mesmo. A imagem da imensidão do mar contrasta com a palavra "eu", que sugere algo pequeno e vulnerável. A solidão, portanto, não é apenas uma questão de não ter companhia, mas de não se sentir conectado com o mundo ao redor.

A partir da perspectiva da psicologia analítica, escola criada pelo psicólogo suíço Carl Gustav Jung, o haicai "A solidão" pode ser interpretado como uma expressão simbólica da jornada de individuação, processo de desenvolvimento psicológico que busca integrar as diversas partes da personalidade e encontrar um sentido de unidade interior.

A imagem do sol, do céu e do mar pode ser vista como uma representação do mundo exterior, que é vasto e cheio de possibilidades. A solidão, por sua vez, pode ser interpretada como um sentimento de isolamento e desconexão que pode surgir quando nos sentimos desorientados ou perdidos em meio a essa vastidão. Na perspectiva junguiana, a solidão pode ser vista como um convite para olhar para dentro de si mesmo e buscar um sentido de identidade e propósito mais profundo.

O mar, em particular, pode ser visto como um símbolo da psique profunda, que contém as nossas emoções e instintos mais primitivos. Ao mencioná-lo, o autor sugere que a solidão pode ser um sinal de que precisamos entrar em contato com essas partes mais profundas de nós mesmos, que podem estar esquecidas ou reprimidas. Essa busca por conexão consigo mesmo e com a psique profunda é fundamental para a jornada de individuação.

Por fim, a palavra "eu" no terceiro verso pode ser interpretada como uma referência ao self, o centro da personalidade que busca unificar as diversas partes da psique. A solidão, nesse sentido, pode ser vista como uma chamada para buscar esse centro interior, que pode ajudar a dar sentido e propósito à vida. Na perspectiva junguiana, a jornada de individuação busca justamente integrar essas partes.


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São mais de mil poemas, todos em haicai. Essa forma poética tem sua origem no Japão, claro que com o passar do tempo houveram  adaptações  em outros países, o autor do blog Robson Cogo segue fiel ao princípio de manter a forma poética em três versos respeitando a tradição.

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