segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pesquisadores nos Estados Unidos apresentam um projeto para substituir o alfalto por placas solares especiais.

 

Quer recarregar seu carro? Dirija nesta estrada
ASFALTO SOLAR

Chão energético

Cobrir o asfalto com placas solares e nunca mais recarregar seu carro elétrico? Tem gente investindo nisso...

 
Rodrigo Leite
Revista Quatro Rodas
 
O piso das vias pode ganhar nova função. Pesquisadores de Idaho, nos Estados Unidos, apresentaram um projeto para substituir o asfalto por placas solares especiais. De acordo com a empresa Solar Roadways, se o piso dos 48 estados americanos for substituído pelas placas, a demanda de energia do país será suprida com sobra.
Seria o fim das usinas nucleares, termoelétricas... O Departamento de Transportes dos Estados Unidos já assinou um contrato de 100000 dólares para a criação dos protótipos das “estradas solares” – um painel de 3,5 por 3,5 metros, para demonstração da tecnologia. De acordo com a empresa, “apenas” 5 bilhões desses painéis são suficientes para cobrir todo o asfalto dos Estados Unidos.
Os painéis possuem três camadas. A primeira tem as placas eletrônicas e as linhas de energia. Na segunda ficam as células solares, para armazenar energia e leds. Esses leds têm a função de criar as faixas de separação de vias, por meio de luzes, e gerar alertas instantâneos: a demarcação de solo muda conforme as condições do tráfego. A terceira camada, feita de um material ultrarresistente (não revelado), é translúcida e, segundo a empresa, tem a capacidade de tração do asfalto atual. As placas podem gerar calor para derreter o gelo que se forma nas vias durante o inverno.
A outra parte do plano é mais ambiciosa. Por meio dessas placas, será possível recarregar carros elétricos que passam por ela ou que ali estejam estacionados. Essa tecnologia já existe e está em teste pelo Ingenieurgesellschaft Auto und Verkehr (Engenharia para Automóveis e Transportes) da Alemanha – que tem escritório no Brasil – e pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Avançada da Coreia.
No primeiro, a energia é conduzida por meio de campos magnéticos no piso, sem a necessidade de contato físico do carro com o solo. Mas a distância do veículo com o chão teria de ser controlada, por um sistema de suspensão ativa. A tecnologia do instituto coreano, bem semelhante, é batizada de Online Electric Vehicle e já é aplicada em fábricas. Lá, para uma transferência de 80% da energia enviada, os captadores devem ficar a 1 cm do solo. Em uma distância de 12 cm, a eficiência na transferência cai para 60%.





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