sábado, 28 de julho de 2012

Em meio à crise, Londres 2012 terá legado de mais de R$ 31 bi



27 de julho de 2012 08h15 atualizado às 08h54







Londres terá legado bilionário com Olimpíada. Foto: Bruno Santos/Terra
Londres terá legado bilionário com Olimpíada
Foto: Bruno Santos/Terra

Mais de 4 bilhões de pessoas devem acompanhar nesta sexta-feira a cerimônia oficial de abertura da Olimpíada de Londres a partir das 17h de (de Brasília) que contará com um espetáculo, mantido em segredo, e o desfile das delegações dos 192 países e 13 territórios. A solenidade será no Estádio Olímpico, um dos locais especialmente preparados para o maior evento esportivo do mundo.
Às vésperas da abertura da Olimpíada, o governo do Reino Unido foi informado que a produção de riquezasdo país caiu 0,7% entre abril e junho. Foi o terceiro trimestre consecutivo de queda no Produto Interno Bruto (PIB), acentuando ainda mais a percepção de que a crise se agrava no país.
O Orçamento de Londres praticamente triplicou desde que a cidade foi escolhida para sediar os Jogos Olímpicos, em 2005. Mas em meio à crise econômica internacional, os responsáveis pelas obras se adaptaram aos novos apertos no orçamento e entregaram todas as instalações nos prazos previstos e pelo valor equivalente a R$ 30 bilhões, abaixo do que foi posteriormente negociado.
Apelidados de Jogos da Austeridade em meio ao contexto econômico de crise internacional, a Olimpíada de Londres vai deixar um legado avaliado entre 10 e 13 bilhões de libras, valor que varia de R$ 31 a R$ 41 bilhões. Parte dos investimentos contribuiu para reabilitar a região leste da capital, que ganhou um parque olímpico novinho e que trouxe melhorias na rede de transporte, infraestrutura, comércio e moradia.
Londres deixa um exemplo ao conjugar rigor orçamentário com sustentabilidade pois a cidade foi escolhida também pelo projeto que privilegiou aspectos de respeito ambiental. Foram construídas obras que serão parcialmente desmontadas e reaproveitadas em outros locais, como a arena de basquete, que será totalmente desfeita e as arquibancadas para 12 mil pessoas deslocadas para o autódromo de Silverstone e outros locais.
O próprio Estádio Olímpico, maior palco dos Jogos, foi construído com 80 mil lugares, mas apenas 25 mil são permanentes. O futuro proprietário do local decidirá o destino das arquibancadas moduláveis.
Apesar da tensão, as autoridades britânicas se esforçaram para manter o clima de festa e receptividade a turistas que estão em Londres. Em Londres, há bandeiras do Reino Unido e de vários países estendidas nas árvores, além dos cinco anéis que simbolizam os Jogos Olímpicos.
Os organizadores enfrentaram muitos problemas na reta final, como a ameaça de greve de agentes da imigração, em busca de uma remuneração extra pela sobrecarga de trabalho, assim como taxistas que protestam contra o uso exclusivo de uma faixa nas ruas só para atletas e dirigentes olímpicos, e até a convocação de última hora de 1,2 mil militares para garantir a segurança.
Os militares foram convocados depois que a empresa contratada para o serviço anunciou que não tinha como garantir todos os agentes, inicialmente, destinados ao evento. A rede de transporte para o as regiões da cidade como o Parque Olímpico está saturada. Mas autoridades pedem paciência para a população e os turistas já que não há muito o que fazer. É a terceira vez que Londres sedia o maior evento esportivo do planeta, após ter organizado o evento em 1908 e 1948. A expectativa é atrair, nos próximos 17 dias, mais de 1 milhão de visitantes de várias partes do mundo. As estimativas das autoridades são as de que a receita com o turismo chegue a 1 bilhão de libras (cerca de R$ 3,16 bilhões), nas duas semanas do evento.
Olimpíada ao vivo no Terra
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Com informações da emissora pública de rádio RFI

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