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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cana de açucar vira asfalto. Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense e o IFF do Rio de Janeiro desenvolveram audacioso projeto testado na BR-365

 
No ano de 1960 a Alemanha desenvolveu um tipo de asfalto alternativo que se chamou de SMA-Stone Mix Asphalt, e desde então este produto vem sendo utilizado em aeroportos e rodovias americanas e européias como revestimento. A mistura que fez e ainda faz tanto sucesso por lá chamou a atenção dos brasileiros, que inovaram em alguns aspectos substituindo a fibra de celulose usada como matéria prima estratégica por bagaço da cana-de-açúcar. Pesquisadores da UFF – Universidade Federal Fluminense e também do IFF – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense da cidade do Rio de Janeiro foi que, em conjunto, desenvolveram este audacioso projeto que está sendo testado em alguns trechos da BR-356, onde a cana-de-açúcar vira asfalto.

Bagaço

O Experimento

Com estas importantes e novas tecnologias utilizadas na fabricação do asfalto, promovem uma importante redução nos custos dos materiais e também faz o aproveitamento do bagaço cana-de-açúcar que anteriormente era descartado, sendo assim o bagaço pode ser considerado como um recurso renovável onde o preparo requer apenas que seja feita a secagem do bagaço que posteriormente deverá ser passado por uma peneira. O bagaço de cana-de-açúcar, que veio substituir a fibra de celulose, exerce uma função de evitar que escorra cimento asfáltico durante a sua mistura e posterior aplicação.

Engenho

Qualidades

O asfalto do tipo SMA é muito mais resistente e durável que os demais, e mesmo que seu custo seja mais elevado, chegando a 30% a mais do que o chamado asfalto comum, ele é muito mais eficiente sendo largamente recomendada a sua aplicação em rodovias de intenso trafego. O famoso autódromo de Interlagos foi à pista escolhida para receber, em primeira mão, este tipo de aplicação, portanto inaugurou a utilização deste asfalto aqui no Brasil. É indispensável o incentivo do governo à Inovação Tecnológica.

Cana de Açúcar Vira Asfalto

Vantagens

Embora o custo seja mais elevado, devemos sempre considerar a importante relação custo-benefício, portanto vale lembrar que este material oferece muito mais aderência dos pneus ao pavimento e também diminui o efeito borrifador de água em dias de chuva intensa. Um pequeno trecho de 200 metros deverá ser reformado muito em breve na BR-356, entre as cidades de São João da Barra e Campos. Mas o bagaço de cana não é a única novidade deste projeto, pois também prevê a utilização de reciclagem de pneus que será reaproveitada na liga asfáltica, o que demonstra grande preocupação com as questões dos impactos ambientais. Aliás, vale ressaltar que a utilização de borracha de pneu já vem sendo uma prática desde o ano de 2001, ocasião em que se ousava aplicar o asfalto borracha em solo brasileiro, mais especificamente na BR-116. O que se espera é que experimentos reveladores como este sejam cada vez mais incentivados pelas autoridades, afim de que possamos ter mais qualidade de vida.









Pesquisadores nos Estados Unidos apresentam um projeto para substituir o alfalto por placas solares especiais.

 

Quer recarregar seu carro? Dirija nesta estrada
ASFALTO SOLAR

Chão energético

Cobrir o asfalto com placas solares e nunca mais recarregar seu carro elétrico? Tem gente investindo nisso...

 
Rodrigo Leite
Revista Quatro Rodas
 
O piso das vias pode ganhar nova função. Pesquisadores de Idaho, nos Estados Unidos, apresentaram um projeto para substituir o asfalto por placas solares especiais. De acordo com a empresa Solar Roadways, se o piso dos 48 estados americanos for substituído pelas placas, a demanda de energia do país será suprida com sobra.
Seria o fim das usinas nucleares, termoelétricas... O Departamento de Transportes dos Estados Unidos já assinou um contrato de 100000 dólares para a criação dos protótipos das “estradas solares” – um painel de 3,5 por 3,5 metros, para demonstração da tecnologia. De acordo com a empresa, “apenas” 5 bilhões desses painéis são suficientes para cobrir todo o asfalto dos Estados Unidos.
Os painéis possuem três camadas. A primeira tem as placas eletrônicas e as linhas de energia. Na segunda ficam as células solares, para armazenar energia e leds. Esses leds têm a função de criar as faixas de separação de vias, por meio de luzes, e gerar alertas instantâneos: a demarcação de solo muda conforme as condições do tráfego. A terceira camada, feita de um material ultrarresistente (não revelado), é translúcida e, segundo a empresa, tem a capacidade de tração do asfalto atual. As placas podem gerar calor para derreter o gelo que se forma nas vias durante o inverno.
A outra parte do plano é mais ambiciosa. Por meio dessas placas, será possível recarregar carros elétricos que passam por ela ou que ali estejam estacionados. Essa tecnologia já existe e está em teste pelo Ingenieurgesellschaft Auto und Verkehr (Engenharia para Automóveis e Transportes) da Alemanha – que tem escritório no Brasil – e pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Avançada da Coreia.
No primeiro, a energia é conduzida por meio de campos magnéticos no piso, sem a necessidade de contato físico do carro com o solo. Mas a distância do veículo com o chão teria de ser controlada, por um sistema de suspensão ativa. A tecnologia do instituto coreano, bem semelhante, é batizada de Online Electric Vehicle e já é aplicada em fábricas. Lá, para uma transferência de 80% da energia enviada, os captadores devem ficar a 1 cm do solo. Em uma distância de 12 cm, a eficiência na transferência cai para 60%.