Inaugurado a 2 de julho de 1945, com a presença de Getúlio Vargas, então Presidente da República, o Aquário Municipal de Santos foi uma iniciativa do Prefeito Antonio Gomide Ribeiro dos Santos. Com 1.000 m2 de área e 50 tanques, foi o primeiro e maior aquário brasileiro, figurando como tal no Guiness Book de Records, em 1995.
Em 1997 o Aquário sofreu uma reforma: perdeu tanques, mas ganhou um auditório e mais espaço para o setor técnico. Até julho de 2004, o Aquário possuía 35 tanques com capacidade para mais de 200 mil litros de água, onde viviam cerca de 70 espécies diferentes, num total de 300 animais.
Em 16 de agosto de 2004, o Aquário fechou para uma grande reforma e ampliação, em obra prevista inicialmente para o período de 4 meses, a um custo orçado em R$ 2,5 milhões em recursos do Dade (Departamento de Apoio e Desenvolvimento das Estâncias). O lobo-marinho foi transferido para o Orquidário Municipal, onde foi acomodado no lontrário até o final das reformas.
O novo Aquário reabriu em 26 de janeiro de 2006, em festa de inauguração com a presença do Governador Geraldo Alckmin e do Prefeito João Paulo Tavares Papa.
2006 - O novo Aquário
Externamente, o antigo prédio foi remodelado, procurando se manter suas características arquitetônicas originais. Ele fica como porta de entrada do parque, tendo recebido uma cobertura e rampa de acesso para deficientes na entrada.
Alguns degraus formam uma pequena arquibancada, para atividades educacionais e ambientais. Uma nova bilheteria é interligada com a entrada
principal por uma passarela coberta. Na parte acima da laje foram criados novos espaços, onde foram construídos sanitários, inclusive um com acessibilidade, e uma área de segurança.
Dentro, o antigo auditório foi modernizado e ampliado, ganhando mais 15 m² e aumentando a sua capacidade para 56 pessoas. A antiga área circular do lobo marinho foi transformada em um grande tanque oceânico, o tanque das tartarugas foi duplicado e os três tanques de água doce foram unificados em um grande tanque amazônico.
Ao lado do antigo prédio foi construído um prédio anexo com dois pavimentos, aumentando a área construída de 1.098 m² para 3.223 m², sendo 2.214 m² abertos para visitação pública e o restante reservado para os serviços funcionais do parque. Duas passarelas fazem a ligação entre os dois edifícios, uma para o trânsito dos visitantes e a outra exclusiva para os funcionários.
No novo prédio, o pavimento superior foi reservado às atividades técnicas e de pesquisa desenvolvidas pela equipe de profissionais do parque. O pavimento térreo se divide em três setores, dois para visitação e um destinado a serviços funcionais do parque. Ali foram construídos um grande tanque para os pinguins, que passaram de 10 para cerca de 40 espécimes, um tanque de toque, um tanque de carpas e o maior recinto do aquário, destinado ao lobo-marinho. Um terceiro setor recebeu uma loja de souvenirs, um tanque de reabilitação e espaços funcionais.
A iluminação foi ampliada com a instalação de refletores maiores. Nos tanques, as lâmpadas de vapor metálico facilitam a visualização.
Os dois prédios receberam nova comunicação visual, com painéis de identificação dos peixes.
Das 70 espécies e quase 700 animais que abrigava, o Aquário agora tem 150 espécies e cerca de 4 mil animais, desde pequenos invertebrados até mamíferos marinhos.
As instalações dos animais seguem rigorosamente as normas e exigências do Ibama e toda a área dos tanques é servida por um corredor interno para acesso dos técnicos e tratadores. O complexo foi totalmente climatizado, com temperaturas especiais para o setor dos pinguins e lobo marinho.
No total, são 31 tanques com 1,3 milhão de litros de água
doce e salgada, tratadas por 25 bombas de filtragem, sendo 6 delas exclusivas para o tanque do lobo marinho. Uma grande turbina de ar-comprimido, ligada a todos os tanques, é responsável pela oxigenação da água. Uma moderna subestação elétrica alimenta as bombas e um gerador de emergência garante a sobrevivência dos animais em caso de falta de energia.
Cenografia reproduz habitats naturais
Todos os tanques e aquários receberam cenografias que reproduzem os habitats naturais dos animais. Nos tanques de água doce, foram criados ambientes de fundo de rio, com galhos, folhagens, raízes e barrancos. Os peixes de água salgada nadam em ambientes rochosos. O tanque oceânico reproduz o fundo da costa brasileira.
No tanque das moréias, que preferem ficar escondidas, foram utilizados canos de PVC para criar fendas rochosas. O tanque amazônico reproduz uma floresta inundada e os recintos do lobo-marinho e dos pinguins receberam a paisagem rochosa da Patagônia. Um ambiente que ficou bastante diferente é o tanque dos peixes asiáticos. Com as "ruínas" de um templo submerso da Ásia, é o único que não representa um ambiente natural.
O trabalho artístico de cenografia foi idealizado pelo cenógrafo Renato Ribeiro, com a ajuda da equipe técnica do Aquário e pesquisas de foto. Para confeccionar as cenografias, Ribeiro trabalhou com seis artistas, especialistas em modelagem, escultura e pintura, que utilizaram resina,
fibra de vidro, pó de areia, tinta atóxica, cimento, PVC e outros materiais.
Para os tanques maiores, como o dos pinguis, o recinto do lobo marinho e os tanques oceânico e amazônico, o cenógrafo construiu miniaturas do ambiente a ser reproduzido, a fim de facilitar a discussão do projeto com as equipes do Aquário e da empreiteira contratada para a obra.
Painéis conscientizam para a Ecologia
Em maio de 2008, as paredes externas do Aquário receberam dois murais elaborados pelo artista plástico e ambientalista norte-americano Robert Wyland. O artista é conhecido mundialmente pelo seu trabalho de conscientização ecológica focado na vida marinha. Até então, Wyland executara 97 painéis em várias cidades ao redor do mundo e os de Santos, retratando animais marinhos, constituem a primeira obra do artista em toda a América do Sul.
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