XANGAI - A estrutura principal do prédio mais alto da China foi concluída neste fim de semana em Xangai. Uma cerimônia marcou a colocação da última viga no alto da Torre Xangai, com 632 metros de altura e 121 andares.
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O prédio, no distrito de Pudong, é o segundo mais alto do mundo, superada apenas pela torre Burj Khalifa, de Dubai, que tem 829,8 metros de altura.
Após a cerimônia com ar patriótico, os trabalhadores chineses deram início ao acabamento no interior do prédio. A conclusão está prevista para o ano que vem.
Projetada pelo escritório de arquitetura Gensler, dos Estados Unidos, a torre de aço e vidro tem forma de uma espiral translúcida. Os elevadores serão os mais rápidos do mundo, com cabos duplos projetados pela Mitsubishi que deslocarão os ocupantes a uma velocidade de 18 metros por segundo, o equivalente a 64,8 quilômetros por hora.
A Torre Xangai, a mais alta da China e a segunda mais alta do mundo, deve ficar pronta em 2014 A economia chinesa tem alimentado um frenesi de construção, incluindo alguns dos edifícios mais altos do mundo. A Shanghai Tower substitui o Shanghai World Financial Center, concluída em 2008, que até agora era a mais alta do país.
Na cidade de Changsha, no centro Sul da China, está sendo erguido o Sky City, de 838 metros, que deve ultrapassar o Burj Khalifa e tornar-se o mais alto do mundo.
Neste verão, a China também apresentou maior edifício do mundo em termos de área construída na cidade ocidental de Chengdu. A New Century Centro Global superou o recordista anterior, o aeroporto de Dubai.
Sustentabilidade. A Torre Xangai representa uma nova forma de construção urbana, na definição de Art Gensler, fundador da construtora Gensler. O prédio incorpora as melhores práticas em sustentabilidade e design de alto desempenho, segundo ele.
A torre está localizada na zona financeira e comercial de Lujiazui, uma área de Xangai que há 20 anos era uma área de cultivo agrícola.
O prédio alojará um espaço de escritórios de alto padrão, áreas de varejo, um hotel luxuoso e centros culturais. Os andares mais altos terão um deck de observação ao ar livre mais alto do mundo, enquanto a plataforma elevada da torre irá oferecer um ambiente avançado para comércio no varejo, com um grande espaço para eventos.
As instalações subterrâneas incluem áreas de comércio, conexões para o metrô de Xangai e três andares de estacionamento.
O projeto do Shanghai Tower está organizado em nove edifícios cilíndricos, empilhados um em cima do outro. A camada interna da fachada de parede dupla une os edifícios empilhados, enquanto a fachada externa envolve o edifício, que gira em 120 graus, à medida que se ergue e dá à torre uma aparência distinta e em curvas.
Os espaços entre as duas camadas da fachada criam nove jardins com átrios voltados para o céu. Semelhantes a praças e parques de cidades tradicionais, o átrio a céu aberto oferece espaço dentro do prédio para interação e reunião de comunidades, com cafeterias e lojas de conveniência e uma paisagem rica.
A sustentabilidade é a base do projeto. O cone, a textura e a assimetria da fachada funcionam para reduzir a força dos ventos sobre o edifício em 24%, proporcionando uma economia de US$ 58 milhões com materiais de construção.
Luz natural. As camadas transparentes internas e externas do edifício permitem a entrada máxima de luz natural, reduzindo a necessidade de luz elétrica. A camada mais externa da torre também isola a construção, reduzindo o uso de energia para aquecimento e refrigeração. O parapeito giratório da torre coleta água da chuva, que é usada pelos sistemas de aquecimento e refrigeração da torre.
Turbinas eólicas, instaladas diretamente abaixo do parapeito, geram energia própria no local para os andares mais altos do edifício, com um sistema de cogeração acionado por gás natural, que fornece eletricidade e aquecimento para os andares mais baixos.
Um terço da área construída será de área verde com um projeto de paisagismo para resfriar o prédio. No geral, as estratégias de sustentabilidade do prédio reduzirão a emissão da pegada de carbono em 34 mil toneladas por metro cúbico por ano.
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