ANA PAULA BRAGA
A criatividade e a cultura são recursos inesgotáveis. Além de estarem entre as grandes apostas da chamada “indústria criativa”, elas reforçam a importância de buscar ações cada vez mais inovadoras para potencializar o desenvolvimento sustentável em diversos setores que movimentam a economia. Mais do que preservar identidades e valores regionais, a sustentabilidade na economia criativa pode representar novas oportunidades de emprego, mais consciência ambiental, mais competitividade para as empresas e boas ideias.
“Essa nova indústria envolve a criação, a produção, a distribuição e o consumo de produtos e serviços que utilizam, como principais ativos, o conhecimento e o capital intelectual”, explica a analista da Unidade de Comércio, Serviços e Artesanato do Sebrae-MG, Regina Vieira. Da literatura ao cinema, passando por moda, teatro, design, música, comunicação, e incluindo a produção de jogos eletrônicos, projetos arquitetônicos e publicitários, engenharia, pesquisa e desenvolvimento, a economia criativa é responsável por 2,7% do total do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, movimentando cerca de R$ 110 bilhões por ano, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Novas atividades econômicas, ideias e produções cinematográficas que envolvem a criatividade fazem de Cataguases uma cidade-referência para a cultura
PUBLICADO EM 29/06/13 - 03h00
Ainda de acordo com Regina, os setores criativos brasileiros estão se posicionando de forma mais profissional e diferenciada no mercado, estimulados, inclusive, pelo alto nível de empregabilidade em toda cadeia de produção. “A economia criativa é um setor que possui potencial ilimitado para crescer e apresenta um novo olhar de desenvolvimento para as cidades. Além disso, tem produção limpa, já que não trabalha com o esgotamento de recursos naturais e gera produtos e serviços de alto valor agregado”, pontua.
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Diálogo e foco criativo. O Brasil tem investido mais para se destacar na categoria Design. Os trabalhos ganham destaque pelo brilhante foco criativo e também por conseguirem dialogar com o mundo de maneira efetiva e próxima. Além de estar conectado com a linguagem adotada na arquitetura e na ambientação dos espaços, ele também passa a se tornar um elemento estratégico para reafirmar a identidade de uma empresa e até no jeito de fazer negócios.
O designer mineiro Gustavo Greco, diretor de criação da Greco Design e ganhador do prêmio mais famoso do design e da publicidade, o Leão de Cannes, aposta nesse filão e ressalta a importância do design como uma estratégia de mercado. “O design, atualmente, visto como ferramenta de negócio, inovou o seu repertório técnico e criativo para tornar tangíveis as estratégias das empresas e materializar as características que influenciarão o comportamento do consumidor no momento da escolha por este ou aquele produto, por esta ou aquela marca”, pontua.
De acordo com o designer, a nova economia voltou-se para ofertas de experiências e envolvimento emocional do consumidor, e, nesse novo cenário, “não cabe mais ao designer projetar somente produtos, mas construir uma conexão emocional das marcas com seu usuário e promover uma relação memorável e duradoura entre eles”.
Fonte; http://www.otempo.com.br
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