segunda-feira, 5 de março de 2012

Escolas Estufas: fortalecendo o elo entre o agro e as cidades


Programa da Secretaria de Participações e Parcerias da Prefeitura de São Paulo capacita moradores da paulicéia interessados em trabalhar com a terra seja em hortas ou em jardins


Lívia Andrade
Uma iniciativa da secretaria de Participações e Parcerias da Prefeitura de São Paulo quer acrescentar mais verde ao cinza da selva de pedras que é a capital paulista. Trata-se do “Escola Estufa”, um programa que capacita os interessados em aprender a trabalhar com a terra.
A inspiração veio do “Mãos à horta”, um programa de Lucy Montoro, esposa de André Franco Montoro, que governou São Paulo de 1983 a 1987. Naquela época, São Paulo chegou a ter 300 hortas comunitárias, uma delas no Palácio dos Bandeirantes.
Em 2008, o resgate do “Mãos à horta” resultou na criação do “Escola Estufa”, que recebeu este nome pelo fato do aprendizado acontecer no espaço físico de uma estufa. O programa consiste em uma capacitação de três meses nos quais o aluno aprende desde a preparação de solo até como plantar hortaliças, plantas medicinais, flores comestíveis e árvores frutíferas.
“O curso promove na pessoa uma nostalgia ao lidar com o solo, com o cheiro da terra. Os alunos percebem que a planta, a terra são indefesos e precisam de cuidados. É preciso parar para cuidar e isso ajuda no senso de convivência em uma cidade que nos pede cada vez mais pressa”, diz Fábio Souto, coordenador geral da Coordenadoria de Convivência, Participação e Empreendedorismo Social (Conpares) da Secretaria de Participações e Parcerias.


Programa já formou 1,1 mil pessoas em oito Escolas Estufas espalhadas pela capital paulista
As aulas são divididas em dois módulos: horticultura e jardinagem. No término do período, os alunos são avaliados e recebem certificação. Até o momento, o programa contemplou 1.100 pessoas em oito Escolas Estufas, mas até o fim do ano deve contemplar as 31 subprefeituras, abrangendo toda a cidade de São Paulo.
Não há limite de idade para cursar o programa, o único requisito é ter consciência. A capacitação é gratuita e está aberta a todos. As escolas municipais, estaduais e particulares podem agendar uma visita com os alunos. “Neste caso, montamos uma aula específica, as crianças ganham uma muda, aprendem a plantar e também a montar uma composteira portátil”, diz Souto.
Desde o lançamento do “Escola Estufa”, muitas empresas e donos de sítios procuraram a prefeitura interessados em contratar os alunos do curso. No entanto, mais que uma capacitação para o mercado de trabalho, o programa é um instrumento de conscientização ambiental e de melhoria da qualidade de vida.
Durante o curso, há workshops de aproveitamento total dos alimentos (vide receita abaixo), diabetes, obesidade, etc. Há, inclusive, o relato de uma pessoa que perdeu 10 quilos só com as dicas das aulas. “Esta é uma das veias do projeto: ajudar os alunos a compreenderem a importância de uma alimentação saudável e isso se dá por meio do plantio, porque a pessoa passa a se relacionar com o alimento de forma diferente”, explica Souto.
José Reinaldo Schmidt foi um dos alunos do programa “Escola Estufa”. Dono de um sítio, ele tinha acabado de comprar uma loja especializada na venda de produtos orgânicos no mercado municipal do Tucuruvi, quando decidiu se inscrever no curso. “Meu objetivo foi aprender mais para plantar na minha propriedade e fornecer para a loja”, diz Schmidt.
Deu certo! Hoje, o solo do sítio de Schmidt está sendo preparado para o plantio e ele contratou um companheiro de turma para ser o caseiro da propriedade e cuidar da horta. “O Francisco é paranaense, já trabalhou anteriormente em várias plantações, mas estava desempregado e morando em um albergue”, conta Schmidt.
Aos interessados em aprender a lidar com a terra, a boa notícia é que, a partir de abril, o “Escola Estufa” retoma as aulas. A data ainda não está fechada, mas para saber mais informações, basta acessar:http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/participacao_parceria/coordenadorias/conpares/.
RECEITA
Biscoito de casca de tangerina

Ingredientes:
Cascas de 2 tangerinas (50g)
3 xícaras (chá) de farinha de trigo (390g)
1 xícara (chá) de açúcar (205g)
7 colheres (sopa) de margarina (110g)

Modo de preparo:
Higienize as cascas das tangerinas e corte-as em tirinhas. Ferva as cascas por cerca de meia hora e escorra. Deixe esfriar e pique-as em pedaços pequenos. Em uma tigela, misture a farinha, o açúcar e a margarina e amasse até formar uma massa homogênea. Junte as cascas, misture bem e molde os biscoitinhos em formato arredondado. Leve para assar em forno médio, pré-aquecido, até dourar.

Tempo de preparo: 1h30
Peso da porção: 36g (5 unidades)
Valor calórico da porção: 160 kcal
Rendimento: 20 porções

domingo, 4 de março de 2012

Polícia Ambiental recolheu mais de 4 mil animais silvestres em 2011




meio ambiente  PMESBPMA24021 1024x680 Polícia Ambiental recolheu mais de 4 mil animais silvestres em 2011O Batalhão de Polícia Militar Ambiental recolheu 4.093 animais silvestres em 2011, entre aves, mamíferos e répteis, em vários municípios do Estado. Os dados, divulgados na sexta-feira (24), apresentam um crescimento de 57% em relação ao ano de 2010, quando foram recolhidos 2.605 animais. Em 2009, esse número chegou a 2.133. Somente no mês de janeiro de 2012, o número total de animais recolhidos pelo BPMA foi de 387.
Foram recolhidas 3.505 aves de várias espécies, contra 2.320 em 2010, o equivalente a 51% de aumento. Quanto aos mamíferos, foram recolhidos 296 animais, contra 146 em 2010, representando mais que o dobro do ano anterior.
Os dados também apontam um grande aumento no recolhimento de répteis, principalmente cobras e jacarés, que totalizaram 292 animais, contra 139 em 2010.
Em grande parte dos casos, os animais foram encontrados em cativeiro e sem autorização do órgão competente ou em situação de maus tratos. A maioria dos animais recolhidos pelo Batalhão foi encaminhada aos centros de reintrodução de animais, para exames e providências necessárias ao seu retorno à natureza em áreas de reserva ambiental.
O BPMA recomenda às pessoas que possuem animais silvestres em situação irregular, para que procurem a base da unidade mais próxima para recolhimento do animal, mediante a devolução voluntária. Outra recomendação é que a pessoa não proceda a soltura indiscriminada de animais silvestres provenientes de cativeiro, em decorrência dos sérios riscos de danos à natureza.
Para o comandante do BPMA, tenente coronel Andrey Carlos Rodrigues, os números refletem os resultados do comprometimento dos policiais militares da unidade, aliado às parcerias com os vários órgãos de defesa do meio ambiente, bem como o aumento das denúncias da sociedade capixaba, visando a prevenção e o controle dos crimes ambientais em nosso Estado.
O comandante enfatizou ainda a importância nos investimentos em educação, visando à preservação da vida silvestre no meio ambiente. “É preciso persistência em educar e conscientizar a todos em prol do equilíbrio ambiental e da sustentabilidade”, disse.


Polícia Ambiental constata atividade irregular em São José do Calçado

02/03/2012 09:14 -- 32391 -- São José do Calçado > Estadual
Por: Redação
A pena prevista para tal crime é de detenção de 01 a 06 meses e multa. A multa por construir, ampliar ou reformar drenos em área de preservação permanente irregularmente, varia de R$ 500,00 a R$ 10.000.000,00.
Icon
Na tarde desta quinta-feira (1º) ao realizar diligências na região de Córrego da Memória, zona rural do município de São José do Calçado, devido a denúncias dando conta da existência que pessoas estariam realizando drenagem de várzea sem licença, equipe da Polícia Militar Ambiental constatou que a realização de reforma de drenos, em aproximadamente 0,5ha de área várzea, com desrespeito as normais ambientais.
O infrator apresentou declaração comprovando que havia cientificado a Secretaria de Meio Ambiente de São José do Calçado, conforme determina a Instrução Normativa 013/07, porém, o serviço não foi acompanhado pelo órgão municipal.
Por haver indícios de crime ambiental previsto no Art. 60 da Lei Federal 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), foram lavrados boletins de ocorrência sendo entregues na Delegacia de Polícia de São José do Calçado. A pena prevista para tal crime é de detenção de 01 a 06 meses e multa. A multa por construir, ampliar ou reformar drenos em área de preservação permanente irregularmente, varia de R$ 500,00 a R$ 10.000.000,00.
A IN 013/07 autoriza as atividades de limpeza mecanizada de desassoreamento de rios, córregos e canais com largura de largura de até 5m, desde que não seja excedido o limite de aprofundamento de 80cm e, a manutenção das características atuais e preservação dos remanescentes de vegetação nativa, visando somente o restabelecimento da vazão natural.

sábado, 3 de março de 2012

"Tijolo Verde" leva sustentabilidade ao polo ceramista do nordeste do Pará


Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 02/03/2012 às 17:07

O governo do Estado lançou na manhã desta sexta-feira (2), em Irituia, município do nordeste paraense, o Projeto Tijolo Verde, com o objetivo de oferecer sustentabilidade econômica, ambiental e social ao polo produtor de cerâmica de São Miguel do Guamá. Com 40 olarias, o polo gera mais de 3 mil empregos diretos, beneficiando também os municípios vizinhos, como Irituia.
O projeto foi lançado durante o IV Seminário Agropecuário, que teve a participação do secretário de Estado de Agricultura, Hildegardo Nunes, do secretário Extraordinário do Programa Municípios Verdes, Justiniano Neto, e do diretor geral do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado, Tiago Valente. O prefeito de Irituia, Walcir Oliveira da Costa, foi o primeiro a assinar o convênio com o Ideflor, a Sagri e os demais órgãos estaduais que integram o Projeto Tijolo Verde.
“O objetivo do programa é garantir a sustentabilidade da indústria cerâmica, que gera emprego e renda para toda essa região e abastece a Região Metropolitana de Belém”, explicou Hildegardo Nunes, que ministrou uma palestra sobre sustentabilidade e economia verde.
O projeto incentivará o reflorestamento de áreas degradadas com espécies propícias à produção de carvão, para abastecer de forma legal os fornos das indústrias de cerâmica da região. O projeto, segundo o secretário, está adequado às diretrizes do Programa Municípios Verdes, realizado em parceria com a esfera municipal. A Prefeitura de Irituia firmou sua adesão ao programa durante o seminário.
Mudança de padrão - O secretário de Agricultura de Irituia, José Sebastião Romano (Zezinho), afirmou que a parceria com o governo do Estado é importante para garantir a mudança do padrão de produção rural do sistema químico para a agroecologia, que o município está incentivando.
O secretário de Agricultura de Tomé-Açu, Michinori Kanagano, disse que é preciso “melhorar a alimentação sem descuidar do meio ambiente e do social”, ao falar sobre o  incentivo à implantação dos Sistemas Agroflorestais (SAFs), que consorciam espécies florestais nativas com cultivos temporários.
O agricultor Balbino de Oliverira Castro, 37 anos, inormou que até 2010, quando ainda usava o sistema antigo, que consistia em derrubar, queimar e plantar, o que lhe restou no final do ano foram R$ 29,00. Depois que mudou para o SAF a renda subiu para R$ 5 mil no ano seguinte.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Em nome da sustentabilidade, empresa brasileira faz parceria com cidade americana


01/03/2012
É a primeira parceria de uma instituição pública norte-americana com uma privada brasileira. Ambas visam à inovação para meios financeiros e ambientais


(Crédito: JPDesigns / Shutterstock.com)
(Crédito: JPDesigns / Shutterstock.com)
Portland é conhecida por ser a cidade mais verde e sustentável dos Estados Unidos. Com um sistema inteligente de transporte e incentivo à bicicleta, Portland inovou

A empresa de consultoria especializada no mercado da sustentabilidade, Sustainable Hub e a prefeitura de Portland, em Oregonnos Estados Unidos, firmaram parceria no dia 16 de fevereiro de 2012. A cidade é conhecida por ser a mais sustentável e verde do país e por seus arrojados projetos na área em questão.

A relação entre os dois será benéfica porque a prefeitura de Portland oferecerá inovações na área de sustentabilidade e para o Brasil, em troca, a Sustainable Hub realizará serviços de consultoria à cidade.

Os dois sócios fundadores da Sustainable Hub, Antonio Lombardi e Altair Assumpçãoassinalam o Brasil como uma economia dinâmica e em rápida expansão com grande demanda por inovação. A empresa trabalha principalmente com tecnologias e construções sustentáveis, com a área têxtil e com a agricultura.

O prefeito de Portland Sam Adams assegura que a cidade pode suprir tal demanda: "estou satisfeito de ter firmado tal parceria com a Sustainable Hub e de poder trazer nossa tecnologia a países-chaves, como o Brasil."


Sobre Portland


Portland é conhecida por ser a cidade mais verde e sustentável dos Estados Unidos. Com um sistema inteligente de transporte e incentivo à bicicleta, Portland inovou.

Embora tenha cerca de 2,2 milhões de habitantes em sua região metropolitana, a cidade é uma das 10 mais ecológicas do mundo.

Além de contar com um complexo sistema cicloviário, Portland reduziu mais ainda a emissão de gás carbônico na atmosfera com carros movidos a bateria elétrica.

Somado à sua qualidade de vida, a cidade tem um clima ideal para o crescimento de rosas e, por isso, também é conhecida como Cidade das Rosas.

O charme de Portland também inclui um grande número de cervejarias e alambiques. Melhor ainda se você gosta de café, já que a cidade é famosa por sua adoração ao café.

É a primeira parceria de uma prefeitura americana com uma empresa privada. A expectativa é alta a partir desta associação, já que a inovação promete colocar o País em uma posição mais privilegiada ainda no cenário internacional.

Saiba mais sobre a Sustainable Hub através de seu Facebook e conheça seus outros projetos inovadores.



quinta-feira, 1 de março de 2012

Desenvolvimento Econômico versus Sustentabilidade Ambiental

Desenvolvimento econômico versus sustentabilidade ambiental

Tema:Ecologia
Autor: Agência Fapesp
Data: 29/2/2012


Um grupo de especialistas mundiais em meio ambiente publicou um documento reunindo um conjunto de recomendações para os líderes governamentais sobre ações necessárias e urgentes para compatibilizar desenvolvimento econômico com a sustentabilidade ambiental e social do planeta.

Intitulado Desafios ambientais e desenvolvimento: o imperativo para agir, o documento foi elaborado por 20 cientistas laureados com o Blue Planet Prize.

O prêmio também foi concedido em 2008 a José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP), que era secretário do Meio Ambiente do Brasil durante a ECO-92.

Algumas das recomendações dos cientistas no documento são eliminar os subsídios em setores como os de energia, transporte e agricultura, que, na opinião dos autores, criam custos ambientais e sociais, e substituir o Produto Interno Bruto (PIB) como medida de riqueza dos países.

Na avaliação dos autores do artigo, o índice é incapaz de mensurar outros indicadores importantes do desenvolvimento econômico e social de um país, como seu capital social, humano e natural e como esses dados se cruzam. Por isso, poderia ser substituído por outras métricas, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

“O PIB só mede transações econômicas, que não é a única medida para se avaliar o progresso de um país. Há países como Cuba, que tem um desempenho econômico muito ruim e PIB e renda per capita baixos, mas cujo sistema educacional e de saúde são excelentes”, disse Goldemberg à Agência FAPESP.

Outras recomendações dos cientistas são conservar e valorizar a biodiversidade e os serviços do ecossistema e criar mercados que possam formar as bases de economias “verdes” e investir na criação e compartilhamento do conhecimento, por meio da pesquisa e desenvolvimento, que, na opinião dos autores, permitirão que os governos e a sociedade, em geral, “possam compreender e caminhar em direção a um futuro sustentável”.

“Em síntese, a mensagem do documento é que não se pode seguir uma trajetória de desenvolvimento cujo único parâmetro seja o crescimento econômico”, avaliou Goldemberg.

“Isso é muito comum no Brasil, por exemplo, onde os economistas dizem que a economia do país deve crescer 5% ao ano, mas se nesse processo a floresta amazônica for destruída, para muitos deles está tudo bem, porque o PIB está aumentando e gerando atividade econômica. Porém, se por um lado é gerado valor econômico, o país perde sua biodiversidade e futuro”, ponderou.

O documento foi apresentado em 20 de fevereiro aos ministros de mais de 80 países que participaram da 12ª Reunião Especial do Conselho de Administração do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e do Fórum Global de Ministros do Meio Ambiente em Nairóbi, no Quênia.

O cientista inglês Bob Watson, que coordenou a redação do documento e o apresentou em Nairóbi, presidiu o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e atualmente é o principal conselheiro científico do Reino Unido para questões ambientais.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Prezados
A ANDESA está concorrendo à premiação nacional do Prêmio Anu. Colabore para que nosso Projeto REDE conquiste esse prêmio. Hoje é o último dia de VOTAÇÃO !!!
Para quem não sabe, o Projeto Rede atende a 800 pescadores e familiares atuando na sua capacitação. Entre os cursos que os beneficiários participam estão o de Educação Financeira e de Melhor Aproveitamento de Pescado. A ação já rende frutos concretos. Há pescadores que após participarem do curso já conseguiram comprar seu próprio barco. É impressionante ver os depoimentos. Emocionante também, pois em sua grande maioria são pessoas com baixa escolaridade e baixíssima renda, e que sentaram em bancos universitários
para aperfeiçoar suas atividades. Por sua prática exitosa, o Projeto vem sendo procurado para ser implementado em outros estados.
Vai lá, ajude a expandir essa ação:
http://www.premioanu.com.br/ - Se você já votou na etapa anterior, não precisa se cadastrar novamente, é só escolher o “Esqueci minha senha” e a nova senha vai pro seu email. Quem ainda não tem cadastro, é rapidinho.
MAS É IMPORTANTE : não votar em outro projeto, apenas no ESPÍRITO SANTO.
Obrigada, abraços.
--
Atenciosamente,
SIMONE ROCHA
Marketing (27) 8189 1918
Andesa - Agência Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e Defesa Ambiental (27) 3227 8744 /www.andesa.org.br

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Rio, a capital verde, 20 anos depois

RIO - O Rio acerta os ponteiros para voltar a ser o centro do mundo nas discussões sobre sustentabilidade. A 114 dias do início da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - a Rio+20, numa alusão às duas décadas da Rio-92 -, a cidade quer aproveitar a presença de até 150 chefes de Estado para promover uma festa democrática, ligando o asfalto às favelas, diferentes regiões da cidade e a capital aos municípios vizinhos. A projeção do setor hoteleiro é animadora: 94% dos leitos do Rio já estão ocupados para junho, e a expectativa é que mais da metade dos congressistas tenha que se hospedar em cidades vizinhas, como Mangaratiba, Petrópolis, Niterói e Maricá.
De 13 a 22 de junho, a cidade deve receber 50 mil pessoas cadastradas pela ONU e outras milhares interessadas em discutir os rumos do planeta. Como num treino para a Copa e as Olimpíadas, a prefeitura se programa para deixar boa impressão. E anuncia o "Viradão sustentável", com atrações musicais pipocando em vários bairros, e o "Green nation fest", miscelânea cultural na Quinta da Boa Vista. Haverá ainda uma cúpula do C-40, o grupo que reúne os prefeitos das maiores cidade do mundo, no Forte de Copacabana.
Déficit de quartos na capital preocupa
A descentralização das discussões será uma marca do evento. Embora a reunião da ONU esteja agendada para o Riocentro, em Jacarepaguá, as ONGs e a sociedade civil prometem fazer barulho no Aterro do Flamengo e na região do Porto.
O prefeito Eduardo Paes diz que, durante o encontro, a cidade não vai vender ao mundo a imagem de metrópole sustentável, mas de um centro que está no rumo certo para resolver antigos passivos ambientais:
- Estamos encarando a Rio+20 como um teste para a Copa e as Olimpíadas, sim. Até junho, vamos fechar o Aterro de Gramacho e tirar do papel o primeiro BRT (o Transoeste), as obras de saneamento da Zona Oeste, e o Morar Carioca sustentável dos morros da Babilônia e Chapéu Mangueira. É claro que a questão hoteleira preocupa. São poucas as cidades do mundo que têm uma capacidade de hospedagem gigantesca. Mas tudo está sendo alinhavado com o Itamaraty. A cidade vai estar bem mais preparada do que estava em 1992.
Questões de logística e financeiras foram determinantes para a escolha do Riocentro como sede das discussões, afirma o prefeito:
- No Cais do Porto (onde inicialmente seria realizado o encontro), seria muito transtorno, por causa das obras. E, para garantir a segurança dos chefes de Estado, teríamos que fechar a Perimetral.
Outro aspecto curioso que influenciou na escolha do Riocentro foi a necessidade de um ambiente livre de pilastras: nenhuma delegação pode ter uma visão dos palestrantes mais privilegiada que a outra. E o Riocentro, preparado para conferências, oferece boa perspectiva em todos os seus ângulos.
Quanto aos transtornos no trânsito, Paes diz que eles serão inevitáveis:
- Vamos ter algum transtorno. Mas o Rock in Rio não foi o caos que todos imaginavam.
Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre Sampaio ressalta que a Rio+20 encontra a cidade num momento de recuperação econômica. Como os turistas têm ficado mais tempo no Rio, a cidade disponibilizaria apenas metade de seus leitos (cerca de 22 mil) às delegações da conferência:
- Desde o início das conversas com o Itamaraty, ficou claro que a cidade terá de contar com a ajuda dos vizinhos. Niterói, que tem dez mil quartos, e cidades como Petrópolis e Teresópolis vão se beneficiar.
- Existe déficit de apartamentos na capital - emenda Pedro de Lamare, presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SinRio). - A conferência pega a cidade num momento de recuperação. A violência estava afetando o turismo da cidade. Isso foi revertido.
Entre as iniciativas que a cidade vai apresentar ao mundo na conferência está o programa Rio Cidade Sustentável. O projeto piloto vem sendo desenvolvido no Morro da Babilônia, no Leme, sob a coordenação do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimentos Sustentável (CEBDS), entidade civil que reúne 70 empresas. A faxineira Reina Maria da Silva, de 56 anos, é uma das 160 pessoas que estão fazendo curso de capacitação para melhorias habitacionais. Duas vezes por semana, ela tem aulas de noções de engenharia civil, elétrica e hidráulica.
Reina mora numa pequena casa de quarto e sala com três netos. Mas, como não podem usar o quarto - sob ameaça de desabamento -, todos dormem apertados no sofá da sala.
- Quero aproveitar as aulas para reformar minha casa. Depois, pretendo colocar uma caixa d'água para captar água da chuva. Quero participar do projeto de horta comunitária. Eu me ligo bastante em sustentabilidade - diz Reina.
A faxineira não sabe, mas seu exemplo será ao mostrado aos chefes de Estado como um exemplo de economia sustentável já em curso no Rio. Mais complicado, entretanto, será associar a imagem do morro do Leme à de uma comunidade carente. Em meados do ano passado, o economista Sérgio Besserman Vianna, presidente do grupo de trabalho da prefeitura para a Rio+20, mostrou a comunidade ao secretário-geral da conferência, Sha Zukang. O diplomata chinês ficou impressionado - e bravo: "This is not a slum!" ("Isto não é uma favela"), afirmou ele. Besserman sustentou que era, sim, uma favela carioca.
- Para Zukang, era um bairro de classe média da Índia. Uma coisa é Babilônia, Chapéu Mangueira, outra coisa é Manguinhos. De fato, essa identidade entre favela e pobreza não faz sentido. Dois terços da pobreza do Rio não estão em favela. Vamos mostrar essa heterogeneidade, marca carioca, na conferência - ressalta Besserman. - Não vamos esconder os tamanhos de nossos desafios em saneamento e na necessidade de despoluição de nossas lagoas.
Segurança terá mais de R$ 200 milhões
Metade do orçamento geral para o encontro - são previstos R$ 430 milhões do governo federal - vai para segurança, cuja responsabilidade ficará com o Comando Militar do Leste. Apesar da pacificação de 19 favelas, trata-se de uma medida preventiva, para garantir o ir e vir das delegações. O secretário municipal de Conservação, Carlos Roberto Osório, diz que a logística será um grande desafio:
- Não é um evento comum. A maioria dos chefes de Estado ficarão em Copacabana, Ipanema e Leblon ,e terá que se deslocar para Jacarepaguá. Muitos usarão helicópteros. A Rio+20 vai nos exigir enorme complexidade operacional.
A baixa adesão dos chefes de Estado à conferência é uma preocupação das autoridades brasileiras. Dois temas centrais serão discutidos na Rio+20: economia verde/redução da pobreza e governança global ambiental. O presidente do Instituto Brasil Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), Haroldo Mattos de Lemos, teme que a falta de um documento estabelecendo metas para os países esvazie o encontro:
- Na Rio-92, o conceito de desenvolvimento sustentável foi discutido e aprovado. Dessa vez, a falta de um plano com metas concretas para atingir a sustentabilidade põe em xeque o encontro. Há 20 anos, vieram 112 chefes de Estado. Apesar dos esforços do governo brasileiro, desta vez a crise global deve minar a adesão dos líderes.
O diretor do Greenpeace Brasil, Marcelo Furtado, critica a concentração das manifestações da sociedade civil no Aterro do Flamengo, a 37 quilômetros do Riocentro:
- Essa distância explicita o que está acontecendo no mundo: governos conversam entre eles e a sociedade dialoga sozinha. Vamos mobilizar a população e defender um Brasil que invista em energias renováveis e não no pré-sal. Não vamos deixar a turma do Riocentro falar para si mesma.
Durante a conferência, a ONG apresentará ao público, no Aterro, o Rainbow Warrior 3, seu novo navio de ativismo ambiental.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

O vice-presidente da Unilever declara que as empresas que não se adaptarem à escassez de recursos sofrerão no futuro



As empresas que não comecem já a adaptar-se à escassez de vários recursos nas próximas décadas, adoptando práticas de sustentabilidade, sentirão "grandes dificuldades" a médio prazo, afirmou hoje um responsável da Unilever.
Gavin Neath, vice-presidente de sustentabilidade da Unilever - um grupo com vendas de 50 mil milhões de euros em 180 países - intervinha no arranque da conferência "Doing Good Doing Well" (DGDW) da escola de negócios IESE, em Barcelona.

"Precisamos de novos modelos de capitalismo, mais responsáveis e socialmente conscientes. A sustentabilidade estará no centro destas novas formas de fazer negócio no futuro próximo", afirmou.

Neath detalhou alguns dados essenciais para "qualquer empresa que pensa na sua expansão e ação no futuro", num mundo que "nos próximos 40 anos terá que produzir mais comida do que no total dos últimos 8.000 anos" e onde "a água disponível por pessoa cairá para metade nos próximos 10 anos".

Como exemplo da escassez de recursos, Neath aponta estimativas que sugerem o quase desaparecimento das reservas de estanho e cobre em 20 a 25 anos, de ferro em 65 anos e de alumínio em 70 anos.

"Empresas que não tomem acção já para lidar com estas questões de falta de recursos sofrerão muito no futuro", afirmou Neath.

"Não é marketing ou relações públicas, mas sim uma forma nova de fazer negócio, uma nova forma de capitalismo, centrada no longo prazo, que vê o mundo empresarial como parte da sociedade, onde as empresas lidam com os grandes temas ambientais e de recursos e onde as necessidades dos cidadãos e das comunidades têm o mesmo peso que o dos accionistas", insistiu.

Para Neath este será, no futuro, "o único modelo aceitável de fazer negócio" algo, sublinhou, que está a ser exigido pelos cidadãos, "nas ruas de Madrid, em frente a Wall Street, nas ruas de Londres".

"Todas estas pessoas estão a dizer que querem mudança, que querem modelos sustentáveis de negócio, que preservam e protegem recursos naturais", afirmou.

Defendendo a agenda da sustentabilidade no mundo empresarial, Neath considerou que além de garantirem maior protecção dos recursos, acções neste sentido abrem também "novas oportunidades para inovação, desenvolvimento empresarial e poupanças em custos".

E respondem ao que é um grupo "pequeno mas crescente" de consumidores que querem produtos que são produzidos de forma mais ética e responsável sem "ter que abdicar de questões de preços, performance ou conveniência".

"A sociedade quer e espera que o mundo empresarial mude. E as melhores pessoas querem trabalhar para empresas que são não apenas lucrativas mas positivas para a sociedade", afirmou.

Dezenas de especialistas do mundo empresarial e da sociedade civil participam até sábado em Barcelona na conferência DGDW organizada pela escola de negócios IESE

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Programa Cidades Sustentáveis


SABRINA BEVILACQUA
Direto de São Paulo
Para incentivar o voto consciente e ampliar a preocupação com as questões de água e esgoto, o Instituto Trata Brasil firma parceria com o Programa Cidades Sustentáveis. Segundo o presidente-executivo do Trata Brasil, Édison Carlos, as eleições municipais de 2012 são o momento mais apropriado para tentar mudar essa situação. "É a hora de a população cobrar compromissos de seus candidatos."

De acordo com o Instituto, 55,5% dos municípios brasileiros não têm saneamento básico e apenas um em cada cinco brasileiros tem acesso à água tratada. A lei brasileira responsabiliza as prefeituras pelo fornecimento de saneamento básico. Para Carlos, o problema é que lei não é respeitada. "Existe a ideia de que obra enterrada não dá voto e os governos acabam priorizando outros setores." Por isso, os avanços em saneamento são lentos. Pesquisas mostram que se o País investisse de R$ 15 bilhões a R$ 17 bilhões por ano, em 2030 todos os brasileiros teriam acesso a esgoto e água tratada. Entretanto, o investimento atual está entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões por ano. Nesse ritmo, a questão só seria resolvida em 2060.

Carlos afirma que a maior dificuldade não está na falta de recursos. A primeira fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinou cerca de R$ 40 bilhões para obras de saneamento básico e a segunda fase anunciou outros R$ 22 bilhões. Ele afirma que há falta de planejamento e projetos. Para o presidente-executivo do Trata Brasil, mesmo municípios pequenos e com poucos recursos podem ampliar investimentos no setor pedindo apoio do governo para conseguir recursos ou firmando parcerias público-privadas. "Quando o prefeito se empenha, ele consegue. Por isso a importância da participação da sociedade civil."

Programa Cidades Sustentáveis - O Programa é uma iniciativa do Instituto Ethos, Rede Nossa São Paulo e de outras entidades para inserir a sustentabilidade na agenda dos partidos políticos e, principalmente, dos candidatos às eleições municipais de 2012. O objetivo é obter o comprometimento dos candidatos a prefeito com indicadores de melhoria das condições de vida nas cidades.

O Trata Brasil vai acompanhar números do ministério da cidade e a evolução dos municípios nos seguintes indicadores: perda de água tratada, abastecimento público de água potável na área urbana, rede de esgoto, esgoto que não recebe nenhum tipo de tratamento. A partir dessa análise, o Trata Brasil vai fiscalizar e cobrar os compromissos assumidos pelos candidatos.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

STOCK REPORTS FINANCIAL RESULTS FOR 2011 AND SUSTAINABILITY

The BM & F BOVESPA announced last week the 2011 AnnualReport, which shows information on the economic-financial, socialand environmental company in a single publication.
 
The decision to publish an integrated report, with financial and nonfinancial information, based on the understanding that the three dimensions are interrelated and must be communicated to the market at the same time, encouraging analysts and investorsto incorporate social and environmental issues and corporate governance evaluation of the stock price and making investment decisions.
 
The Annual Report of the BM & F follows the model GRI - GlobalReporting Initiative, self-declared level C, the international standard for publication of sustainability reports. The innovative nature of this report is the integrated simultaneous availability of information on sustainability, usually presented with an interval oftwo to three months after the meeting with analysts and investorsfor the presentation of financial results.
 
Another initiative of the BOVESPA to encourage listed companies to disclose their non-financial information it is the"Report or Explain". The initiative recommends that, from 2012, companies indicate the reference form are publishedSustainability Report or similar document is available and where.If not, should explain why they do not. The purpose of theScholarship is available to the public in this database Rio +20, theUN Conference on Sustainable Development, taking place in Rio de Janeiro in July.
 
The 2011 Annual Report complete the BM & F is available at the Exchange